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Lisboa: CRIL - 3,6 Km custaram 151 milhões de euros

florindo

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A abertura ao tráfego do último troço da Circular Interna de Lisboa (CRIL), entre a Buraca e a Pontinha, está a ser comemorada diariamente na empresa Estradas de Portugal (EP), responsável pela obra, mas não existem muitas razões financeiras para tal celebração.

Uma obra que foi contratualizada em 2007, por 111,6 milhões de euros, ficou concluída com um ano e meio de atraso e arrisca-se a custar cerca de 151 milhões de euros - isto é, 39,5 milhões de euros a mais.

A principal causa deste desvio financeiro prende-se com os atrasos da EP na realização dos 550 processos de expropriação necessários para a construção do troço, de 3,6 km. O atraso provocou sucessivos adiamentos na disponibilização dos terrenos à Bento Pedroso - o que levou esta construtora, entre outros processos extraordinários de diminuição do atraso da obra, a aumentar o número de trabalhadores e de turnos.

O aumento destes custos, não previstos no contrato, fez com que a Bento Pedroso tenha remetido à EP dois pedidos de indemnização que, no total, suplantam os 33 milhões de euros. A EP diz que não reconhece a legitimidade dos pedidos de indemnização.

O troço Buraca-Pontinha teve também trabalhos a mais no valor de 6,5 milhões de euros. A EP desmente o valor, mas explica foi uma obra de elevada dificuldade técnica, por via da alta densidade populacional das áreas atravessadas pelo troço e da proximidade do Aqueduto das Águas Livres.

O custo total do troço Buraca-Pontinha aumenta significativamente quando somamos o custo da construção (151 milhões) com os das expropriações. A EP assume no seu site que pagou 70 milhões de euros por um total de 1.400 indemnizações. Sendo assim, o custo total da obra ascende a 221 milhões de euros.

Em termos globais, e sem contar com o custo das expropriações dos cinco troços, a CRIL acabou por custar 395 milhões de euros entre 1994 e 2011.

SOL
 
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