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Pelo menos quatro pessoas foram, domingo, mortas a tiro e perto de 50 ficaram feridas na localidade síria de Talbisseh (região centro), quando as forças de segurança tentaram dispersar uma multidão que participava num funeral, segundo testemunhas.
As forças de segurança "abriram fogo contra uma multidão de milhares de pessoas" que participavam nas cerimónias fúnebres de uma pessoa que tinha morrido no sábado naquela localidade, relataram testemunhas, em declarações via telefone à agência noticiosa francesa AFP.
"Pelo menos quatro pessoas morreram, mas o número poderá ser mais elevado. E existem mais de 50 feridos", referiram as mesmas testemunhas.
Estes incidentes acontecem um dia depois do Presidente sírio, Bashar al-Assad, ter afirmado que o estado de emergência, em vigor desde 1962, será abolido dentro do prazo máximo de uma semana.
Desde o início de Março que a Síria tem sido agitada por uma onda de manifestações contra o regime de al-Assad.
A abolição da lei de emergência, que reduz significativamente as liberdades civis, é uma das principais reivindicações dos movimentos anti-governamentais sírios que reclamam uma liberalização do regime.
De acordo com estimativas de organizações de defesa dos direitos humanos, os protestos, que têm sido duramente reprimidos pelas autoridades, já levaram à morte de mais de 200 pessoas.
Jornal de Notícias