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O líder do BE, Francisco Louçã, defendeu hoje um 'Governo de esquerda que junte todos aqueles que querem salvar a economia' e acusou o primeiro-ministro, José Sócrates, de querer governar em coligação com PSD e, porventura, com o CDS-PP.
Numa entrevista na TVI, conduzida por Judite de Sousa, o líder bloquista foi questionado sobre um eventual maior aproximação com o PCP, já que ambos os partidos recusaram comparecer às reuniões com a FMI, BCE e Comissão Europeia.
Louçã afirmou que isso «significa que há hoje várias forças diferentes e não só esses dois partidos, que defendem o serviço nacional de saúde, um sistema fiscal justo ou quer acabar com os off-shores ou quer que o património pague imposto».
«Significa uma luta por um Governo de esquerda», afirmou.
Interrogado sobre se estava a referir-se a um Governo que junte BE e PCP, Francisco Louçã respondeu: «Um Governo de esquerda que junte todos aqueles que querem salvar a economia do país».
O coordenador nacional do Bloco defendeu que «o Partido Socialista está hoje obcecado em continuar uma politica que conduziu a uma mentira social e a uma mentira política».
«O engenheiro Sócrates quer governar este país durante 10 anos, só que a partir de dia 5 de Junho quer fazê-lo em coligação com o PSD e, porventura, em coligação com o CDS», acusou.
Francisco Louçã disse que a decisão de o BE não comparecer nas reuniões com as instituições internacionais foi discutida entre a direção bloquista e foi unânime, argumentando que «é o Estado e mais ninguém que trata das negociações».
«Isto não é o faroeste», afirmou, acusando os «dirigentes da direita» de «truque eleitoral» ao dizerem que estavam «a negociar em nome do país».
Para Louçã, «não há ajuda nenhuma, não há negociação nenhuma, o FMI impõe essas condições e a comissão europeia acompanha».
«Se o empréstimo for a cinco por cento, com condições para apoiar os credores mas não para salvar a economia, é evidente e os portugueses sabem todos, que uma economia que está em recessão este ano e estará em recessão no próximo ano, não pode pagar», afirmou.
Lusa / SOL