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Um dia após a abolição do estado de emergência, milhares saíram às ruas da capital Damasco e das principais cidades sírias. As forças do regime responderam com munição real.
Pelos 40 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, denunciam grupos de defesa dos direitos humanos. A sexta-feira está a ser marcada por enormes protestos contra o regime de Bashar Al-Assad, em mais um capítulo da onda de contestação que varre desde Dezembro vários países árabes.
Os protestos concentram-se em Damasco e em cidades como Dera, Hama, Homs e Izraa, um dia após o levantamento do estado de emergência que vigorava há quatros décadas e que bania as manifestações.
Também esta sexta-feira, vários grupos da oposição síria emitiram um comunicado conjunto a pedir o estabelecimento de um regime democrático.
Mais de 200 pessoas morreram desde o início dos protestos na Síria, em Março. A situação naquele país, sob um regime autoritário de tendência laica, é agravada pela crescente divisão étnica e religiosa, com a maioria sunita a contestar o domínio do Estado pela minoria alauíta.
Até ao momento, o Ocidente e os principais países árabes têm limitado as críticas à dura resposta das autoridades sírias aos protestos populares, devido ao receio da destabilização de um país com enorme influência na região, sobretudo no vizinho Líbano, e que ainda está oficialmente em guerra com Israel.
De resto, as manifestações desta sexta-feira abrangem também o Líbano e a Jordânia, com milhares de membros de movimentos islamistas a marcharem nas ruas em solidariedade com a oposição síria.
SOL com agências