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Pelo menos dez pessoas morreram, este sábado, em confrontos entre rebeldes e forças leais ao regime da Líbia na cidade de Misrata, oeste do país, disse um responsável do hospital local, que está lotado com feridos e onde faltam médicos e medicamentos.
"Já recebemos dez mortos e meia centena de feridos, números que representam habitualmente o balanço de um dia inteiro", disse Khalid Abou Salra, médico responsável do hospital de Hikma, o principal da cidade.
"Estamos completamente lotados, falta-nos tudo: pessoal, equipamentos e medicamentos", acrescentou.
Misrata, a terceira cidade da Líbia, a 200 quilómetros de Trípoli, é há várias semanas palco de confrontos entre os rebeldes e forças leais ao líder líbio Muammar Kadhafi.
Esta manhã de sábado chegou a Misrata um navio fretado pela Organização Internacional das Migrações (OIM) com um carregamento de bens alimentares e medicamentos, que deverá partir à tarde para Benghazi, capital da oposição ao regime, com um milhar de refugiados a bordo, maioritariamente nigerianos.
A OIM já retirou de Misrata mais de 3100 refugiados de 21 nacionalidades.
O Comité Internacional da Cruz Vermelha alertou na sexta-feira para a deterioração da situação humanitária em Misrata, onde o acesso à água e aos cuidados médicos se tornaram difíceis.
Jornal de Notícias