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Cavaco defende Governo com 'apoio maioritário' no Parlamento

florindo

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O Presidente da República defendeu hoje a necessidade do Governo ter «apoio maioritário» no Parlamento e apelou a um «esforço de concertação» entre o executivo e os partidos mesmo antes das eleições para obtenção da ajuda externa.

«Perante os desafios que tem à sua frente, o Governo saído das eleições de 5 de Junho deve dispor de apoio maioritário na Assembleia da República», afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, numa intervenção na sessão comemorativa do 25 de Abril, que se realizou esta manhã no Palácio de Belém.

Contudo, defendeu, mesmo antes das eleições, Governo e oposição têm de fazer um «esforço de concertação» para garantir a obtenção da ajuda externa internacional, que irá permitir assegurar o financiamento do Estado e da economia.

«Ainda antes das eleições, impõe-se um esforço de concertação entre o Governo e os partidos políticos relativamente às condições para a obtenção da assistência financeira externa indispensável à salvaguarda do interesse nacional e a assegurar as necessidades de financiamento do Estado e da nossa economia», disse, naquela que foi o seu primeiro grande discurso após a formalização do pedido de ajuda externa.

Na parte da intervenção em que se referiu directamente a esse pedido de ajuda externa, e numa altura em que a troika responsável pela negociação do pacote de ajuda está em Portugal, Cavaco Silva não deixou de apontar o «elevado sentido de responsabilidade» que é também exigido à União Europeia, agora que está confrontada com questões que desafiam o seu futuro.

«Os líderes europeus não podem permitir que os egoísmos e as lógicas meramente nacionais se sobreponham a uma agenda estratégica que assegure a sustentabilidade da zona euro, sem descurar o crescimento económico, a criação de emprego, a competitividade e o pilar essencial da integração europeia que é a coesão», frisou.

Falando depois dos seus antecessores no cargo e explicando que «a gravidade do momento exige» a transmissão de uma mensagem política por parte dos quatro Presidentes da República eleitos após o 25 de Abril, «quatro homens, com percursos muito diferentes, com trajectórias de vida e visões do mundo distintas», Cavaco Silva apelou à união quanto ao essencial.

«Para lá de tudo o que nos possa separar enquanto cidadãos livres, existe um compromisso patriótico de unidade que deve juntar os portugueses. Podemos ter ideias diferentes, concepções distintas, mas temos de nos unir quanto ao essencial - e o essencial é Portugal e o seu futuro», apontou, lembrando que foi em nome do país que há 37 anos um grupo de jovens oficiais das Forças Armadas decidiu «erguer-se e tomar o destino nas suas mãos».

Considerando que existem «motivos redobrados» para celebrar hoje «as esperanças de Abril», o Presidente não deixou, porém, de alertar para a exigência por parte de todos de «sentido de responsabilidade e uma consciência clara da situação» em que o país se encontra.

Num registo de optimismo e esperança, Cavaco Silva insistiu no final da sua intervenção na necessidade dos portugueses se unirem, porque «é possível vencer».

«É possível vencer se nos mantivermos unidos e coesos. É possível vencer se os sacrifícios forem repartidos de uma forma justa. É possível vencer se os portugueses perceberem que as exigências do presente têm um sentido de futuro, têm um propósito, têm uma linha de rumo coerente», disse, considerando que nos dias de hoje «não é menor o patriotismo heróico que se exige aos portugueses».

«Nós, todos nós, teremos de ser os heróis do presente. Unidos como povo soberano, não devemos recear o futuro. Temos de começar já hoje a construir um país digno da memória de Abril e da sua esperança», defendeu.

Lusa / SOL
 
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