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O primeiro-ministro afirmou hoje em Santo Tirso que «estes três anos» serão classificados como «a maior crise dos últimos 100 anos» e declarou recusar contribuir para que «isso» obscureça «os grandes progressos» dos últimos seis.
Durante o discurso que marcou a inauguração da Escola Secundária Tomáz Playo, em Santo Tirso, renovada ao abrigo do Programa de Modernização das Escolas Secundárias, José Sócrates classificou a actual situação do país como repleta de momentos «difíceis e exigentes».
Segundo o primeiro-ministro, «daqui a uns anos, quando se olhar para trás» estes anos «serão classificados como a maior crise dos últimos 100 anos».
No entanto, defendeu, «o facto de termos dificuldades não pode contribuir para que se obscureça todos os progressos que o país fez nestes últimos seis anos».
«Eu não contribuirei para que isso aconteça», garantiu Sócrates.
O primeiro-ministro justificou a escolha da inauguração de uma escola renovada ao abrigo do Programa de Modernização das Escolas Secundárias como forma de assinalar o 25 de Abril com a «importância da educação para a liberdade e democracia».
«Só uma boa educação dá uma boa sociedade. O futuro da economia depende do investimento na educação. Daí assinalar o 25 de Abril vindo a um espaço onde os portugueses investiram».
Para José Sócrates é «dever do Estado dar uma boa educação a todos» isto porque «a educação pública está na base de tudo», daí a importância, salientou, «do Estado ter uma rede de ensino que dá oportunidades iguais a todos».
Hoje, o primeiro-ministro, acompanhado da ministra da Educação, Isabel Alçada, inaugurou uma das 370 escolas portuguesas alvo de reformas, das quais 90 estão já concluídas.
«O maior investimento público fez-se nas escolas portuguesas. O país está a investir no futuro e o que temos feito é um grande serviço ao país», afirmou José Sócrates.
Além do Programa de Modernização do parque escolar, o primeiro-ministro salientou «a melhoria dos indicadores» relativos à educação.
«O índice de abandono escolar diminuiu de 39 por cento em 2004 para 28,7 por cento em 2010. Portugal foi dos que mais evoluiu em diplomados em ciências, tecnologia e matemática, com 15 em cada 1.000 activos», disse.
Para «estes indicadores» contribuiu, segundo José Sócrates, o acesso «aos computadores Magalhães, por crianças a aprender inglês, a colocação de professores de quatro em quatro anos e o encerramento de três mil escolas com menos de 20 alunos».
A Escola Secundária Tomáz Playo abriu as portas em 1954 e as obras de reforma de que foi alvo representam um investimento de 15 milhões de euros dotando com «equipamentos modernos» para receber 51 turmas.
Lusa / SOL