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A Ucrânia viu-se sozinha durante muito tempo face à "desgraça de Chernobil", consideram os dirigentes ucranianos no 25º aniversário do pior acidente nuclear da história.
"Chernobil foi um desafio de envergadura planetária. E só a comunidade mundial unida pode dar uma resposta digna a esse desafio. Infelizmente, a Ucrânia ficou praticamente sozinha, durante muito tempo, com a desgraça de Chernobil. Felizmente, hoje não estamos sozinhos", lê-se numa mensagem do Presidente da Ucrânia, Victor Ianukovitch.
Ianukovitch sublinha que a Ucrânia, mais do que ninguém, se esforçou para que Chernobil não se tornasse para o mundo num fator de medo e instabilidade.
"Pagámos com vidas e com a saúde de milhares de concidadãos pela estabilidade no planeta. Gastámos na liquidação das consequências da catástrofe dezenas de milhares de milhões de grivnas [moeda ucraniana] do Orçamento. Desligámos os reatores da Central Nuclear de Chernobil e com isso mostrámos ao mundo a nossa boa vontade", lê-se na mensagem.
Ianukovitch considera que a avaria na Central Nuclear de Fukushima-1, no Japão, mostra que o mundo não pode estar seguro da sua segurança no futuro relativamente à energia atómica.
O Presidente ucraniano recordou que o seu país conseguiu reunir 550 milhões de euros para a construção de um novo sarcófago para o quarto reactor da central de Chernobil, que explodiu a 26 de Abril de 1986, acrescentando que a comunidade mundial prometeu mais financiamento para essa obra.
O novo sarcófago deverá estar pronto até 2015.
Mikola Azarov, primeiro-ministro ucraniano, revelou que a catástrofe de Chernobil provocou prejuízos na economia da Ucrânia da ordem dos 150 mil milhões de euros, e continua a devorar 10 por cento do orçamento do país.
Jornal de Notícias