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Presidente dos socialistas europeus diz que Portugal foi 'tramado' pelos conservadore

florindo

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O presidente do Partido Socialista Europeu disse em entrevista à agência Lusa que os especuladores e a maioria conservadora na Europa e nas instituições europeias são responsáveis pela actual situação económica em Portugal.

«Portugal foi atacado por ataques especulativos dos mercados financeiros. Na realidade, temos aqui um dilema - por um lado temos uma verdadeira democracia em Portugal, tal como na Irlanda, tal como na Grécia, tal como em Espanha. Uma verdadeira democracia, com Governos eleitos. Por outro lado, há um pequeno número de especuladores a atacar a economia portuguesa e um pequeno número de agências de rating que avaliam as nossas democracias sem nós temos influência. Não é justo», considerou Poul Rasmussen.

«A Europa está nas mãos erradas - temos uma maioria conservadora no Parlamento Europeu, no Conselho da Europa, na Comissão Europeia, e esta combinação está a pressionar Portugal de forma muito, muito pesada (.) e eles só pensam numa coisa - austeridade, austeridade, austeridade. Vocês estão a tentar - como o primeiro-ministro José Sócrates tem feito - fazê-lo de forma que seja justa e que salvaguarde o futuro», disse o presidente do Partido Socialista Europeu (PSE), a estrutura que reúne os partidos sociais-democratas, socialistas e trabalhistas de toda a Europa.

Nos 27 estados-membros da União Europeia, Portugal, Espanha, Grécia e Irlanda estão na lista dos poucos países que têm Governos socialistas ou trabalhistas.

«É um facto que Portugal foi prejudicado pela maioria conservadora na Europa. Penso que, para ser justo com José Sócrates e com o seu governo, Sócrates fez o que tinha a fazer em condições difíceis, mas que o fez da forma mais justa», considerou ainda o líder do PSE, que liderou o governo dinamarquês entre 1993 e 2001.

Se Portugal tivesse encontrado na União Europeia líderes que dissessem «vamos coordenar os nossos esforços para sair da crise através do investimento», o país «não estaria na situação em que está agora», acrescentou.

A troika composta pelo Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia iniciou na segunda-feira as negociações com os responsáveis portugueses para delinear um plano de ajuda financeira a Portugal, após o pedido feito pelo primeiro-ministro demissionário, José Sócrates, a 6 de Abril.

Rasmussen defendeu ainda a via do PSE para resolver os problemas de crescimento na Europa, e que permitiria criar, afirmou, oito milhões de empregos no espaço comunitário.

«Portugal, a Dinamarca, a Europa, não deveria competir com base nos baixos salários, deveria competir com base na melhoria das nossas qualificações. Essa é a grande ideia (..)Deveríamos sair da crise através do investimento, em vez de através de cortes», afirmou.

Lusa/SOL
 
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