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«A passadeira vermelha do casamento real corre o risco de tornar-se sangrenta». Foi assim que o deputado do Partido Trabalhista Denis MacShane reagiu aos convites dirigidos a ditadores para a boda britânica, na qual foram deixados de fora Tony Blair e Gordon Brown.
«Parece-me estranho que um representante da Síria, um Estado que está a matar os seus cidadãos com tanques, se possa sentar-se na Abadia de Westminster», afirmou MacShane ao El Mundo.
A declaração revela o constrangimento que se instalou dentro e fora do Reino Unido pelos convites dirigidos a vários ditadores para a boda de amanhã, na qual vão estar presentes 1900 convidados.
Além do convidado polémico da Síria, vão também estar presentes o embaixador do Zimbabué, em representação do ditador Mugabe, o príncipe saudita, cujo país invadiu o Bahrein para acabar com a revolta árabe e o rei Miswati King III da Suazilândia. É toda uma lista de chefes de Estado pouco desejados.
Todos estes convidados têm uma controversa ligação histórica directa ao Reino Unido e por isso ficaram na lista, mas dois ex-primeiros-ministros britânicos que estiveram no poder ao longo de 13 anos vão ter de se conformar com a transmissão televisiva. Tony Blair e Gordon Brown não vão ter lugar na Abadia e estas ausências provocaram indignação e polémica.
Para agravar a polémica, o The Guardian avança que a universidade escocesa de St. Andrews, onde Kate e William estudaram, recebeu da Síria mais de 115 mil euros, doação feita através do embaixador sírio na Grã-Bretanha, Sami Khiyami, convidado também para o casamento.
SOL