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O receio da agitação social arrastou vários dias o ?fecho? do pacote de austeridade que Portugal vai firmar com a troika constituída pela União Europeia, Banco Central Europeu, e Fundo Monetário Internacional.
O pacote de medidas de austeridade podia já ter sido apresentado a Portugal. Apesar de algum atraso durante a fase de conhecimento das contas públicas, a troika estava em condições de colocar em cima da mesa o programa que permitirá ao país o resgate das contas públicas.
Mas a proximidade do 1.º de Maio travou a iniciativa. Os responsáveis estrangeiros e o Governo de José Sócrates preferiram deixar que as manifestações do Dia do Trabalhador, este domingo, decorram sem o conhecimento das medidas que vão facilitar despedimentos (embora a proibição de despedimentos sem justa causa continue válida), apurou o SOL.
O texto final vai ser entregue no início da próxima semana e terá de contar com o compromisso formal do Governo (PS) e da Oposição (PSD e CDS). Mas o modelo de vínculo dos partidos da Oposição ainda está por definir.
A troika preferia levar a assinatura do pacto à Assembleia da República, uma vez que o Governo está demissionário, mas as reservas sobre a capacidade e qualidade de compromisso da Comissão Permanente levaram a equipa do FMI, BCE e UE a optar por uma solução alternativa. O sinal claro de apoio às medidas dos partidos do arco de governação é uma condição prioritária para a troika. O que implica um compromisso formal não apenas do Governo, mas também por parte, designadamente, do PSD (e do CDS).
SOL