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O sector do alojamento e da restauração é o mais mal pago à hora em Portugal e a actividade financeira a mais bem remunerada, auferindo em média quatro vezes mais.
Segundo dados da Pordata, serviço público de informação estatística sobre Portugal, o sector do alojamento e da restauração tem o custo laboral à hora mais baixo (7,2 euros à hora) e a atividade financeira o mais alto (30,6 euros à hora).
Portugal tem uma produtividade por hora pouco acima de metade da média da União Europeia (UE) a 15 e uma percentagem de pessoas com mais de 65 anos no ativo três vezes superior à média da UE.
Em Portugal, apenas 16,4 por cento das mulheres têm trabalho a tempo parcial, o que representa quase metade da média da UE, que é de 31,5 por cento. Nos antípodas, estão os Países Baixos com 75,8 por cento e a Alemanha com 45,3 por cento.
Segundo dados fornecidos pela Pordata, criada pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, em quase 25 anos, entre 1986 e 2009, o número de trabalhadores com contrato de trabalho temporário mais do que duplicou, uma situação que é partilhada por ambos os sexos.
Descontando o efeito da inflação, nesse período, a média da remuneração mensal de base dos trabalhadores aumentou cerca de 350 euros (de 484,4 para 893,3 euros) enquanto o salário mínimo nacional aumentou cerca de 150 euros, estando atualmente fixado nos 485 euros.
Os ordenados e os salários representavam 55,5 por cento do rendimento das famílias em 2009.
A percentagem de estrangeiros empregados em Portugal, que era de 4,1 por cento em 2009, continua a ser inferior à da média da União Europeia a 27, que era de 6,6 por cento em 2009.
Lusa/SOL