- Entrou
- Out 11, 2006
- Mensagens
- 38,987
- Gostos Recebidos
- 347
Os hábitos de mais de 300 milhões de chineses vão enfrentar algumas restrições a partir de domingo, quando entrar em vigor a proibição de fumar em recintos fechados, mas a mudança não será imediata. Anualmente, fumam-se na China 1,7 mil milhões de cigarros.
A nova legislação do Ministério da Saúde chinês para tentar contrariar o elevado consumo do tabaco no país não especifica, aliás, multas para quem continuar a fumar dentro de restaurantes, salas de espectáculos, estações de comboios e outros recintos do género.
"Provavelmente, a proibição será ignorada", admitiu a agência noticiosa oficial chinesa, evocando o "vago conteúdo" da legislação e a "enraizada cultura do tabaco" num país com cerca de 350 milhões de fumadores.
Uma sondagem do Gabinete Nacional da China para o Controlo do Tabaco concluiu que apenas 25% dos chineses conhecem os perigos do tabagismo e os seus efeitos sobre os fumadores passivos.
"Sem uma campanha de massas bem sucedida, o controlo do tabagismo está condenado ao falhanço", disse a directora daquele Gabinete, Yang Gonghuan.
A China é o maior produtor e consumidor mundial de tabaco. Alguns maços de cigarros chineses custam apenas 50 ou 60 fen (cinquenta cêntimos) e mesmo as marcas estrangeiras são baratas.
Segundo algumas estimativas, o número de cigarros fumados anualmente na China ronda os 1,7 mil milhões, o que corresponde a uma média de 232,5 milhões de maços por dia -- ou um maço por cada 5 ou 6 habitantes do país.
Monopólio do estado, a indústria tabaqueira chinesa é também um dos principais contribuintes do governo e emprega cerca de dez milhões de pessoas.
Entretanto, as doenças relacionadas com o tabaco matam por ano 1,2 milhões de chineses e se tendência se mantiver, aquele número poderá triplicar nas próximas duas décadas.
Jornal de Notícias