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Lisboa: Cuidado com os radares na CRIL

florindo

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O novo troço da circular de Lisboa tem 16 radares, já operacionais, e apenas dois sinais de informação.

Quando inaugurou o último troço da CRIL, no passado dia 17, José Sócrates prometeu menos acidentes, menos despesas e mais rapidez nas viagens. Ficou por dizer que Lisboa passou assim a ter 16 novos radares e o Estado mais uma fonte de receita.

Logo nos primeiros dias da abertura do novo troço ao tráfego, soube o SOL, milhares de condutores foram detectados a circular nos túneis da Venda Nova e Benfica a mais de 70 km/h - limite de velocidade imposto - pelos 16 radares ali instalados (oito em cada sentido).

Alheios ao sinal de informação branco e azul colocado à boca do túnel, do lado direito, os condutores só se apercebem da existência do equipamento quando as câmaras disparam o flash. Em vez do tradicional sinal luminoso a indicar «Radar», o condutor encontra agora este novo sinal, aprovado em Março deste ano, que alerta para a presença de radares fixos.

O SOL sabe que, apesar de os aparelhos já estarem operacionais (e devidamente certificados pelo Instituto Português da Qualidade), as primeiras semanas obedeceram a um regime preventivo, apenas para avaliar a adaptação dos condutores. Mas, ao contrário do que aconteceu com os 21 radares de Lisboa (cujo período experimental durou três meses), na CRIL a cobrança de multas vai arrancar já a partir deste fim-de-semana.

Para já, as autoridades parecem querer adiar ao máximo explicações. «Não há autuações ainda sancionadas no novo troço», diz fonte oficial da PSP, sem esclarecer, porém, quantos condutores passaram até agora em excesso de velocidade, nem a partir de quando é que os infractores vão passar a ser multados.

Estrada induz à velocidade

A Estradas de Portugal, gestora da via e que pagou 1,8 milhões pelo equipamento, alega que essa decisão é da responsabilidade de quem opera o sistema, a partir de uma sala de controlo nas suas instalações.

«Vai haver um número estrondoso de contra-ordenações» - prevê Nuno Salpico, do Observatório de Segurança das Estradas e Cidades: «Esta estrada induz os condutores a circular acima dos 70 km/h, porque a velocidade de tráfego ronda os 100 km/h». Resultado: «O essencial dessas coimas vai prescrever, como está a acontecer há muito tempo em Lisboa. As autoridades administrativas não têm capacidade de resposta».

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