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João Cravinho quer despartidarização da Administração Pública para evitar corrupção

florindo

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Out 11, 2006
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O socialista João Cravinho disse hoje que a Administração Pública está «infiltradíssima por lobbies e clientelas responsáveis pela corrupção do Estado», defendendo, por isso, que «é necessário despartidarizá-la».

O ex-ministro socialista falava no Encontro PensaRE Portugal, promovido pela Fundação Casa de Mateus, em Vila Real.

A um mês de eleições legislativas antecipadas, João Cravinho disse ainda que os partidos têm um comportamento que não permite às pessoas terem grande esperança porque as suas intervenções não se dirigem à resolução prática dos problemas nacionais e «toda a gente vê isso».

«O PSD já percebeu que está em risco de perder as eleições e estão cada vez mais preocupados com isso», disse.

O Estado Português, segundo Cravinho, está capturado por interesses e várias corporações e o sistema político não é exterior a essa captura, é agente da própria captura.

Por isso, considerou, tem de haver «transparência» na Administração Pública para que não haja «compadrios, soluções duvidosas e protecção de determinados interesses à custa dos interesses de todos».

Para João Cravinho, é «urgente» tornar a Administração Pública transparente e fazer com que os cidadãos tenham acesso real à informação e que isso seja garantido constitucionalmente.

Mas, frisou, «para isso não basta haver uma lei que depois ninguém cumpre ou cumpre mal».

Segundo o ex-ministro socialista, a insustentabilidade das finanças públicas é reflexo da falta de competitividade e crescimento e se este problema não se resolver, Portugal terá sempre «finanças públicas reprimidas e em muito mau estado».

Segundo João Cravinho, neste momento, é preciso «dar prioridade a políticas para equipar, qualificar e educar as novas gerações com capacidades para que sejam produtivas ao longo da vida».

Se não houver justiça, crescimento e equidade nas relações entre as gerações «não há solução».

A reforma do modelo social é, por isso, «uma alavanca decisiva da competitividade e do crescimento futuro, assim como da solidariedade e equidade intergeracional».

Lusa/SOL
 
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