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O Presidente do Governo Regional da Madeira lamentou hoje que na reunião de domingo com a ?troika? não estivesse ninguém do Governo da República, considerando o facto uma «hostilidade».
«A reunião de ontem foi só com a troika porque não estava ninguém do governo da república o que mostra a hostilidade do governo da república a esta audiência e estava apenas a chefe de gabinete, se não me engano, do Ministro da Presidência», afirmou Jardim, à chegada à Quinta Vigia, sede oficial do governo.
Jardim diz que os membros da 'troika' - Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia - ouviram atentamente o que lhes foi comunicado e «ficou muito surpreendida com o boicote que tinha sido feito à Zona Franca», anunciou.
Jardim justifica a perplexidade porque «a intenção deles é tomar medidas duras mas no sentido de alavancar a economia», justificou.
Foi transmitido ainda por Ventura Garcês, Secretário Regional de Finanças que chefiou a delegação madeirense, que «a parte fiscal» era aceite pela região, «desde que fosse para alavancar a economia e não para continuar a engordar este estado socialista que temos», explicitou.
Jardim afirmou que não houve por parte da troika nenhuma resposta sobre o futuro, considerando que a audição foi «uma formalidade e uma gentileza por parte das instituições estrangeiras que vão gerir Portugal».
O responsável adiantou ainda que, relativamente às medidas que venham a ser implementadas pela troika , elas serão assumidas «nos termos da Constituição», mas terá de existir um entendimento com o Estado.
«Não foi dada qualquer indicação do que vai suceder», afirmou Jardim, sendo que o futuro passa pelo «entendimento entre região e república».
Quando questionado sobre se esse entendimento seria possível respondeu: «Vamos ver. Se não houver condições de entendimento, não há entendimento. Aguarda-se as eleições», disse.
A denominada 'troika', que está em Lisboa desde 20 de Abril para negociar um plano de ajuda financeira a Portugal, é composta por cerca de duas dezenas de técnicos e é liderada por Juergen Kroeger (CE), Rasmus Rffer (BCE) e Poul Thomsen (FMI).
O pedido foi efectuado pelo primeiro-ministro demissionário, José Sócrates, a 6 de Abril.
Lusa/SOL