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Testemunhas de acusação do processo da máfia da margem sul negam ter sido vítimas

florindo

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Out 11, 2006
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As duas testemunhas da acusação ouvidas hoje no âmbito do processo de uma alegada rede de extorsão através da segurança de bares e discotecas, a decorrer no Tribunal do Seixal, afirmaram que não foram vítimas de extorsão.

Na base deste processo, também conhecido como máfia brasileira e que junta 24 arguidos, está uma acusação por associação criminosa, com a empresa de segurança privada Olho Vivo ao centro.

De acordo com o despacho da acusação, elementos desta rede terão «aproveitado a constituição da sociedade Olho Vivo para impor aos proprietários de estabelecimentos de diversão nocturna serviços de segurança, criando um sentimento de insegurança e medo».

Isto «por forma a que os mesmos aceitassem a presença de vigilantes indicados por aqueles, a troco de quantias monetárias que sabiam que não lhes eram devidas, a coberto da prestação de alegados serviços de segurança».

A Olho Vivo, que é, assim, também arguida neste caso, está há mais de um ano sem actividade e actualmente em processo de liquidação.

Ambas as testemunhas da acusação ouvidas esta tarde negaram, contudo, ter sido vítimas de extorsão por parte dos arguidos.

O Tribunal ouviu o sócio de um dos arguidos já detido - acusado, entre outros, de crimes de segurança privada ilegal e extorsão qualificada -, que era em 2009 co-gerente de um bar e discoteca em Lisboa e simultaneamente funcionário da Olho Vivo.

A testemunha afirmou que a empresa que fazia segurança no bar que ambos geriam era a Grupo Operacional de Segurança, S.A. (GOS) e não a Olho Vivo, acrescentando que o seu sócio «tinha poderes para ter trocado a empresa de segurança [se quisesse] e não o fez».

A mesma testemunha afirmou conhecer os dois arguidos que se entende serem cabecilhas do grupo - Sandro Lima, conhecido como Sandro 'Bala', e Wanderley Silva - porque, disse, trabalha na noite há muitos anos e é «uma pessoa que conhece toda a gente e é respeitada no meio».

A segunda testemunha, co-gerente de uma discoteca no concelho do Seixal, afirmou que não era responsabilidade sua a contratação da segurança para o espaço, mas disse que o sócio a quem cabia esta função «nunca referiu qualquer tipo de pressão para contratar a Olho Vivo».

Sandro 'Bala' e Wanderley Silva já não fazem parte deste processo e serão julgados em processo separado, uma vez que, estando fora do país, «em local incerto do Brasil», não puderam ser notificados para comparecer em tribunal.

Em ambos os casos foram emitidos mandados de captura internacional.

Os 24 (inicialmente 26) arguidos são acusados de mais de 100 crimes de homicídio, sequestro, associação criminosa, prática de segurança ilegal em bares e discotecas, porte de arma proibida, entre outros.

Lusa/SOL
 
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