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O presidente da EDP aplaudiu hoje o fim de todas as tarifas reguladas na electricidade e no gás previsto no acordo entre a troika e o Governo, sublinhando que tal «é positivo para o mercado».
«É positivo para o mercado e deixa-se de poder criar défices tarifários», disse António Mexia no decorrer da conferência de imprensa para apresentar os resultados trimestrais da empresa.
«Sempre defendemos a liberalização [total] e a do gás é importantíssima», acrescentou.
António Mexia abordou ainda a subida do IVA na factura da electricidade - outra das medidas previstas no acordo - considerando que a empresa não tem ainda uma percepção do impacto dessa medida no consumo global.
Salientando que «é diferente o mercado doméstico do industrial», Mexia especificou que a «a procura é determinada pelo esforço feito com vista à eficiência».
Por outro lado, afirmou que desconhece ainda para que valores vai a taxa do IVA (actualmente nos 6 por cento), se para a taxa média se para a máxima.
«Friso que Portugal tem das taxas de IVA mais baixas da Europa na electricidade», ressalvou no entanto.
Mexia salientou também que «já foi introduzida uma tarifa social» em Portugal - parcialmente financiada pela EDP - pelo que «há uma base para gerir os aumentos nas classes mais desfavorecidas».
As facturas da electricidade e do gás deverão aumentar no último trimestre deste ano, devido a um aumento do IVA proposto no memorando de entendimento entre o Governo e a troika.
No ponto 'Instrumentos e impostos de política energética' do memorando, as duas partes comprometem-se a «aumentar a taxa do IVA na electricidade e no gás [natural] (actualmente nos 6 por cento), bem como os impostos especiais [sobre o consumo] de electricidade».
Lusa/ SOL