- Entrou
- Out 11, 2006
- Mensagens
- 38,984
- Gostos Recebidos
- 345
O programa de condições que Portugal vai ter de cumprir para receber auxílio financeiro aponta para a resolução dos problemas estruturais do país, considera o chefe da missão do Banco Central Europeu (BCE).
«Não são só correcções de curta duração. [O programa] vai à raiz dos problemas estruturais», disse Rasmus Rüffer em declarações à Lusa, depois da conferência de imprensa de apresentação das medidas pela ‘troika’ do BCE, Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Comissão Europeia.
As medidas, disse Rüffer, «vão permitir a Portugal aproveitar totalmente os benefícios de ser membro da União Económica e Monetária» europeia.
«Isto é importante para poder estimular o potencial de crescimento da economia», acrescentou.
Portugal vai receber um empréstimo de 78 mil milhões de euros nos próximos três anos ao abrigo de um acordo de ajuda financeira com o Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia.
Na conferência de imprensa de apresentação das medidas, Rüffer afirmou que, na sequência da implementação das medidas, a situação para o sector bancário - que terá de ficar menos alavancada - apresenta mais “desafios”.
«A resiliência do sector bancário será reforçada, exigindo um novo reforço dos capitais do sistema bancário (…) será pedido aos bancos que aumentem os rácios mínimos de capitais ‘core tier 1’ para de nove para dez por cento até ao final do próximo ano».
Rüffer defendeu este aumento através do mercado, mas se os bancos não o conseguirem fazer a tempo, o mecanismo de auxílio foi aumentado para fornecer financiamento aos bancos, no âmbito do programa.
Lusa/ SOL[/B]