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Protestos nos países árabes podem ser 'primavera' ou 'tsunami', diz ElBaradei

florindo

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Os movimentos de revolta nos países árabes podem ser uma «primavera árabe» ou um «tsunami», considera o Nobel da Paz egípcio Mohamed ElBaradei, que espera que se trate do primeiro caso.

«Pode ser uma primavera árabe pode ser um tsunami, que são diferentes. Claro que gostaria que fosse uma primavera árabe», disse quinta-feira, no âmbito das Conferências do Estoril, que hoje terminam.

Mohamed ElBaradei, Nobel da Paz e antigo director-geral da Agência Internacional de Energia Atómica, falará na tarde de hoje, antes da sessão de encerramento, sobre o tema 'A Natureza das Revoluções no Magrebe'.

«É óbvio que não gostaria de ver outra Líbia ou Síria, gostava de ver evolução, não explosão. Isto exige muito trabalho, muito educação, uma mudança de mentalidades», adiantou a propósito das revoltas populares que estão a acontecer em vários países árabes do norte de África.

Lembrou que nos países em causa, Tunísia, Egipto, Líbia, Síria, Iémen, «as pessoas viviam na repressão, não eram encorajadas, nem podiam pensar por si próprias ou dizer o que pensavam».

«Agora de repente estão livres e têm que gerir essa liberdade de forma organizada, coordenada e inclusiva. Espero que no final as coisa caminhem na direcção certa», disse.

Mohamed ElBaradei disse também pensar que o Irão quer ter a capacidade para desenvolver uma arma nuclear, o que não significa querer ter a própria arma.

«Penso baseado na minha experiência, na minha leitura da mente iraniana, penso que o que querem é ter a capacidade, o ‘know how’ para poder desenvolver uma arma nuclear num curto período de tempo se a situação mudar ao nível da segurança. Não tenho a certeza de que queiram ter a sua arma nuclear neste momento», declarou.

O prémio Nobel da Paz, que recebeu em 2005 conjuntamente com a AIEA (que dirigiu entre 1997 e 2009), considerou que para os iranianos dizerem que podem construir uma arma nuclear é como comprar uma «apólice de seguro, sem se tornarem abertamente um estado com armas nucleares».

Lusa/SOL
 
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