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BE discorda de PR e diz que Portugal vai precisar de novo resgate caso plano seja exe

florindo

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Out 11, 2006
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O BE disse hoje discordar do Presidente da República relativamente à ideia de que o plano de resgate «é uma oportunidade» para Portugal, sustentando que as condições que este impõe conduzirão a um novo pedido de intervenção externa.

«Lamento dizê-lo, mas não considero que o Presidente da República tenha razão quando diz que este resgate é uma oportunidade para o país, este tipo de resgates tem sido feito, na Grécia, na Irlanda, tem sido uma tragédia para esses países e não abriu nenhuma solução», afirmou o eurodeputado bloquista Miguel Portas aos jornalistas.

O dirigente e fundador do BE falava aos jornalistas em reacção à comunicação feita pelo Presidente da República, Cavaco Silva.

O eurodeputado bloquista utilizou uma expressão mencionada por Cavaco Silva na sua comunicação ao país para dizer que espera que o plano acordado entre o Governo e a troika «não seja o início de um longo caminho».

«Isso significaria que andaríamos de resgate em resgate, não é possível pôr a economia portuguesa a crescer menos dois por cento este ano e no próximo ano e pagar juros ainda desconhecidos, mas que seguramente andarão perto dos 5 por cento», sustentou.

Na opinião de Portas, caso este plano seja executado e «se os portugueses não aproveitarem a próxima eleição legislativa para dizer que este não é o único futuro possível e que recusam o pior dos futuros», dentro «de dois anos, Portugal precisará de outro resgate, precisará de condições ainda mais difíceis e estará pior e com uma maior dívida».

Portas disse discordar do chefe de Estado quando «diz que os interesses dos portugueses estiveram no centro das negociações» e sublinhou que «não se defendem os interesses dos portugueses quando se congelam salários e pensões, quando se aumenta o IVA, as taxas moderadoras, se retira dinheiro aos hospitais».

«De facto, os interesses dos portugueses estiveram à mesa das negociações, mas na condição de vítimas», vincou.

Miguel Portas considerou ainda que Cavaco teve «um papel apagado» nas negociações e na sua intervenção «fez o que era expectável» dado o seu perfil político.

Lusa/ SOL
 
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