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Convenção do BE sem os militantes mais polémicos

florindo

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O tempo não é para discussões internas e o Bloco de Esquerda vai realizar a sua VII Convenção Nacional sem a presença de alguns dos seus militantes mais polémicos.

Daniel Oliveira, a voz com maior presença mediática do partido, não se fará ouvir na reunião magna bloquista que decorre amanhã e domingo em Lisboa. Além do actual militante de base que abandonou a direcção por divergência política, em 2007, também não foi eleita delegada Joana Amaral Dias: ex-mandatária de Mário Soares, foi ‘castigada’ há dois anos com a saída da Mesa Nacional, uma espécie de ‘Parlamento’ que reúne todas as tendências do BE.

Rui Tavares é outra ausência no debate: o eurodeputado independente está fora das intervenções da conferência que antecede a Convenção. No palco do Tivoli, Miguel Portas e Marisa Matias falam sobre «A Europa face ao FMI». Em 2007, Sá Fernandes não era militante, mas foi orador na convenção (era então o candidato do BE à Câmara de Lisboa, uma união que também acabou em ‘divórcio’).

Nas últimas semanas, Daniel Oliveira tem divergido publicamente das posições da direcção do BE: na moção de censura ao Governo (que iniciou o ciclo de confrontos políticos que conduziria ao fim do Governo) e na recusa do BE em se reunir com a troika do BCE, UE e FMI, o também autor do blogue Arrastão esticou a corda.

E quando Rui Tavares votou contra o resto da bancada do BE no Parlamento Europeu, apoiando a «zona de exclusão de voo» na Líbia imposta pela ONU, Daniel Oliveira saiu em socorro do amigo.

Ruptura-FER queixa-se de perseguição

A convenção, que se realiza no Pavilhão do Casal Vistoso, nas Olaias, em Lisboa, vai ter o principal confronto entre a linha da direcção e a Ruptura FER, de Gil Garcia. Uma reprise de anteriores congressos, com a novidade de a ala radical que é enjeitada pelas restantes tendências ter ameaçado sair do Bloco.

Em Abril, Gil Garcia quis forçar uma aliança com o PCP – um velho projecto seu. O_BE respondeu com um encontro com os comunistas, mas, nas listas de deputados, Gil Garcia e João Pascoal foram afastados: deixaram de ser suplentes em Lisboa. Ana Drago (ver entrevista na página ao lado) diz que o BE não pode aceitar «uma chantagem».

Gil Garcia queixa-se de perseguição. Mas a ameaça de saída não se vai concretizar. «O BE é que nos quer pôr fora», diz ao SOL. Quanto à FER, não está disposta a fazer a ruptura com o partido: «O que está na nossa agenda é que o BE corrija o rumo da direcção central».

Gil Garcia elegeu quase 12% dos 548 delegados. Nalguns concelhos foi ainda mais longe, como na Amadora (50%). Além da moção A, da direcção de Francisco Louçã – que será reeleito líder –, a moção C é a única com força para ser discutida. As outras duas moções (B e D) não elegeram delegados suficientes para garantir que sejam votadas.

Por parte de Louçã, Portas, Fazenda e restante direcção, o congresso será o primeiro grande comício para as eleições legislativas.

SOL
 
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