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SJ: Jornalistas ponderam boicote a conferências de imprensa sem perguntas

florindo

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O Sindicato dos Jornalistas (SJ) apelou hoje ao boicote das conferências de imprensa que não permitam perguntas por parte dos jornalistas e se limitem a ?simples declarações?, considerando tratar-se de um ?atentado à liberdade de informação?.

Em comunicado, o SJ condena a prática de convocar os órgãos de comunicação social para conferências de imprensa “sem direito a perguntas”, ou seja, sem a possibilidade de o jornalista obter mais esclarecimentos complementares às declarações proferidas.

“Tal prática, traduzida numa deliberada fuga ao dever de esclarecimento cabal dos cidadãos, de forma a habilitá-los a tomar decisões informadas e conscientes, transforma os jornalistas em ‘pés-de-microfone’ e representa um verdadeiro atentado à liberdade de informação”, sustenta o SJ.

O Sindicato defende que “quem se propõe a transmitir algo aos cidadãos através da mediação de jornalistas” deve estar disponível para prestar informações complementares úteis ao esclarecimento do público.

“Aos jornalistas, cabe não só o direito mas também o dever de fazer perguntas, de completar e contrastar as informações recebidas, pois é por isso que o público – os cidadãos – confia neles e na sua mediação profissional, pelo que devem insistir na satisfação desse direito e na concretização desse dever”, lê-se.

O sindicato representante dos jornalistas considera que esta opção tem vindo a “instalar-se e alargar-se” e torna-se ainda mais grave quando praticada por “detentores de altos cargos no Estado, dirigentes e partidos políticos”.

Assim, defende o SJ, “os jornalistas e os órgãos de informação para os quais trabalham devem tomar medidas muito claras, boicotando as chamadas conferências de imprensa sem direito a perguntas e sem direito a fotografias e apresentando queixa à Entidade Reguladora para a Comunicação Social por atentado à liberdade de informação”.

Não comparência nas conferências de imprensa anunciadas com interdição de perguntas, abandono imediato do local, não publicação das declarações que não possam ser objecto de perguntas, não publicação de qualquer foto se tiver sido impedido o acesso de repórteres fotográficos, são as medidas sugeridas pelo SJ.

O sindicato reconhece que a concretização das medidas de boicote propostas podem levantar problemas ao desempenho jornalístico, mas considera que os jornalistas “não podem deixar de dar uma resposta inequívoca e consequente a uma prática antidemocrática”.

Lusa / SOL
 
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