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Sócrates defende escola pública contra 'radicalismo' da direita

florindo

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O secretário-geral do PS, José Sócrates, distribuiu hoje no Porto críticas ao 'radicalismo ideológico' da direita e à postura 'passadista e imobilista' da esquerda 'radical', num discurso centrado na defesa da escola pública.

Considerando que a escola pública será um dos temas-chave das eleições de 05 de Junho, José Sócrates criticou os que, a pretexto da situação económica, insistem na aposta no privado.

Mas essa é, disse, “uma ideia aventureira, perigosa e radical, que vai estar em causa também nestas eleições”.

Para o líder socialista, que falava no Porto durante um fórum sobre Educação, a proposta do PSD, “disfarçada”, é a de que se “pode e deve transferir recursos do sistema público de educação também para financiar privados”.

“E dizem isto com aquele ar cândido de quem está apenas a propor liberdade de escolha”, ironizou, lembrando que os países que fizeram essa opção passaram a ter boas escolas privadas “para ricos” e uma escola pública “degradada e decadente”.

O secretário-geral socialista criticou também os que defendem a “escola parada no tempo”, numa alusão a uma “esquerda radical, que a única coisa que fez [em seis anos de governação do PS] foi defender que tudo devia ficar na mesma”

É uma esquerda “passadista e imobilista”, classificou.

Noutro ponto da sua intervenção, Sócrates disse que os socialistas apostam na educação pública, “não por serem pelo igualitarismo”, mas porque defendem a igualdade de oportunidades.

O secretário-geral socialista sublinhou o “sucesso” da política educativa do governo cessante – que “muitos pretendem esconder” - e assinalou que 81 por cento dos jovens dos 15 aos 19 anos estão na escola, “atingindo pela primeira vez a média dos países desenvolvidos”.

Acrescentou que o país reduziu, durante a vigência dos governos socialistas, o insucesso escolar em 11 pontos percentuais, e assinalou que 35 por cento dos jovens com 20 anos estudam no Ensino Superior.

“Criou-se um movimento à volta do saber e não há melhor do que ver um país empenhado em melhorar as suas qualificações”, disse também o líder socialista, numa alusão à adesão ao programa Novas Oportunidades.

José Sócrates encerrou hoje o “Fórum Educação – Educação Para Todos + Escola Pública" que contou também com a presença de signatários do manifesto “Defesa da Escola Pública”, como Lucília Salgado (Escola Superior de Educação da Universidade de Coimbra), Luís Capucha (Agência Nacional para a Qualificação), Nuno Portas e Carlos Prata (ambos da (Faculdade de Arquitectura do Porto).

“Só a escola pública garante a gratuitidade e universalidade no acesso à educação, a generalização dos padrões de qualidade de ensino em todas as escolas e a equidade escolar”, defendem os subscritores do documento.

Lusa / SOL
 
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