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Candidatos divididos quanto à colocação de portagens nas SCUT

florindo

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A cobrança de portagens nas auto-estradas do interior divide os cabeças de lista pelo distrito de Castelo Branco às próximas eleições legislativas: à esquerda são contra, à direita defendem o princípio do utilizador pagador.

Costa Neves, cabeça de lista do PSD pelo distrito de Castelo Branco, defende à Agência Lusa que haja portagens, «mas com graduações e várias diferenciações».

Defende as portagens, porque «em função dos investimentos, é impossível que essas obras públicas sejam gratuitas».

Contas feitas, diz que o importante é que o interior «não pague mais que as regiões que têm mais população e que estão mais beneficiadas».

Costa Neves defende uma análise rígida a algumas situações, por exemplo, «àquelas em que não há via alternativa à auto-estrada».

Em nome «da verdade e da justiça», Celeste Capelo, cabeça de lista do CDS-PP pelo círculo de Castelo Branco, defende «o princípio do utilizador pagador», mas com excepções.

Para a candidata, «quem trabalha e cria riqueza não pode ser penalizado» e não pode haver portagens em troços de auto-estrada «que se sobrepõem à estrada antiga ou alternativa».

Como é que tudo isto é conjugado? «É preciso estudar caso a caso», conclui.

À esquerda, Vítor Reis Silva, cabeça de lista da CDU, quer que o próximo governo «respeite os compromissos tomados com as populações do interior, de discriminação positiva e ajuda ao desenvolvimento económico».

Ou seja, «não será admissível outra medida que não seja manter as auto-estradas sem portagens», mesmo que alguns pórticos de cobrança já tenham sido instalados.

Para Vítor Reis Silva, é inadmissível que as SCUT sejam «duplamente pagas», através de portagens e de «uma taxa sobre o preço dos combustíveis introduzida no mandato de Guterres, e que se mantém».

Fernando Proença, líder da lista do Bloco de Esquerda, é igualmente contra a cobrança «enquanto a região não atingir os níveis de desenvolvimento médio do país».

Afinal, «a ideia das SCUT sempre foi de discriminação positiva do interior do país».

Fernando Serrasqueiro, número dois da lista do PS pelo círculo de Castelo Branco, depois de José Sócrates, garante à Agência Lusa que os socialistas vão «lutar pelo princípio de isenção nas regiões com níveis de desenvolvimento abaixo da média nacional e onde não haja vias alternativas».

Foi o princípio «que o PS aplicou e sempre defendeu», sublinha.

No entanto, avisa, «seria demagógico anunciar este princípio sem dizer que há que levar em conta a maioria parlamentar que se vier a constituir e o acordo de apoio financeiro externo a Portugal».

O PS «defenderá o seu princípio» e se não o fizer vingar «tentará que haja atenuantes à cobrança para os residentes», conclui.

Lusa/SOL
 
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