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Fernando Gomes também esteve presente no VII Congresso Internacional de Futebol, do ISMAI. O presidente da Liga realizou em cerca de oito minutos um balanço a 11 meses de mandato.
«Não encontro nos estatutos da Liga as atribuições de comentador desportivo», iniciou Fernando Gomes, justificando a sua pouca presença junto dos órgãos de Comunicação Social, preferindo antes «pugnar pelos clubes colocando-os no centro das decisões da Liga», numa acção que divide em dois pilares, «o dos objectivos e o dos resultados».
O líder da Liga recordou que a 7 de Junho de 2010, na tomada de posse, definiu como metas a alcançar «uma alteração estatutária... que está feita» e a realização de um estudo «profundo da realidade do futebol profissional para construir um plano de médio e longo de prazo», algo que até «30 de Junho será apresentado, da forma mais completa e descomplexada já alguma vez vista nesta indústria».
Fernando Gomes pediu, então, que fosse avaliado pelos acontecimentos que medeiam a sua tomada de posse e Junho de 2014, altura em que termina o seu mandato.
Entretanto, o presidente da Liga coloca a fasquia no «mercado de apostas desportivas reformulado, com os clubes e o país a recolherem parte das receitas geradas com recurso» às marcas desportivas portuguesas.
Na mira de Fernando Gomes encontra-se, igualmente, a reformulação dos regulamentos, de modo a serem «mais transparentes e que promovam maior celeridade processual»
Sobre a intervenção da Liga na Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes recordou o papel da entidade que gere no sentido de colocar na Lei a FPF: «Foi um caminho longo, duro, conturbado e exigente... mas está concluído.» No futuro da FPF também intervirá a Liga, pois as candidaturas que surgirem para a Direcção receberão «um caderno de prioridades».
Por tudo isto, Fernando Gomes sublinhou: «O futebol é um exemplo! Sei que custa a muita gente ouvir isto. O futebol é uma indústria competitiva, sem recorrer a linhas de crédito estatais e a pagar impostos avultados.»
O máximo responsável pela Liga entende que as competições que gere são credíveis, na medida em que as assistências aumentaram 23 por cento na Bwin Cup e Liga Orangina», ao passo que o recuo de seis por cento da Liga Zon Sagres é reflexo da crise financeira.
A ambição de Fernando Gomes passa por colocar o espectáculo futebol em padrões de maior segurança. E reflectiu: «Há que entender que cada palavra de um jogador, de um treinador e de um dirigente tem um alcance e desperta sentimentos fortes. Devemos fazer um apelo à autocrítica, algo que norteia o meu desempenho. Só devo falar de forma mais concreta depois de terminadas as competições profissionais, nos locais próprios e olhos nos olhos.»
Por fim, Fernando Gomes não esqueceu a final da Liga Europa, que oporá FC Porto e Sp. Braga. «É um ano singular. Termino com um tributo a dois treinadores portugueses, a dois clubes portugueses, num momento onde 95 por cento dos clubes europeus desejariam estar e não estão», destacou, acrescentando: «Portugal é o n.º1 do ranking da UEFA. Só consegue ser número 1 quem olha de frente e é capaz de renovar objectivos. Estou grato aos clubes da liga que comigo trabalham.»
A Bola