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Lisboa: "El Solitário" diz ter sido agredido por guardas prisionais

florindo

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O arguido Jaime Gimenez Arbe, mais conhecido por "El Solitário", negou, esta terça-feira, em julgamento, que tenha injuriado e ameaçado de morte elementos do Grupo de Intervenção e Segurança Prisional em Fevereiro e Março de 2009.

Jaime Arbe está acusado de quatro crimes de injúrias agravadas e quatro de ameaça, alegadamente cometidos quando os elementos do GISP o escoltaram para uma audiência nos Juízos Criminais de Lisboa, a 26 de Fevereiro de 2009, e outra ao Tribunal da Póvoa do Varzim, a 12 de Março do mesmo ano.

Sob fortes medidas de segurança, "El Solitário" começou a ser julgado nas Varas Criminais de Lisboa, tendo negado toda a acusação do Ministério Público e acusado os guardas queixosos de agressão e de ter resistido a trocar de roupa no estabelecimento prisional.

Os guardas prisionais acusam o cidadão espanhol, detido na cadeia de alta segurança de Monsanto, de os ter ameaçado matar e às famílias e de lhes ter chamado "bastardos" e outros palavrões ofensivos e de ter desobedecido a ordens.

É também acusado de se ter auto-agredido nas instalações dos Juízos Criminais de Lisboa e de ameaçado os guardas dentro da própria sala de audiências, quando esta estava vazia.

"É completamente falso, não disse nada do que me acusam, nem resisti a trocar de roupa. Eles é que me agrediram várias vezes", disse o arguido aos juízes.

"El Solitário" adiantou que, no dia 12 de Março de 2009, foi agredido com murros quando trocava de roupa e vestia o fardamento prisional, versão contrária à contada pelos guardas, que dizem que ele se recusou a mudar de roupa e que, em sinal de protesto, se sentou no chão.

"Disse ao guarda que o ia denunciar, não matar", explicou.

Jaime Arbe classificou a prisão de Monsanto como "o Guantanamo de Portugal" e disse ter feito várias denúncias sobre maus-tratos que tem recebido na cadeia, tendo uma delas já sido arquivada pelo Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa.

Esta terça-feira, foram ouvidas cinco testemunhas de acusação, todos guardas prisionais, e a próxima sessão ficou marcada para 31 de Maio, às 16 horas.

"El Solitário" está a cumprir uma pena de sete anos de prisão em Portugal depois de ter sido apanhado pela Polícia quando pretendia assaltar uma dependência bancária na Figueira da Foz.

Terá ainda de cumprir uma pena de 47 anos de prisão em Espanha pelo homicídio de dois guardas civis, ocorrido em Pamplona, em 2004.

Jornal de Notícias
 
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