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PSD: Passos acusa PS de «terrorismo político»

florindo

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O debate foi com Jerónimo de Sousa, mas as primeiras palavras de Pedro Passos Coelho foram para José Sócrates e para o PS. A atitude do primeiro-ministro «roça, em alguns aspectos, o terrorismo político», afirmou o líder do PSD, desmentindo que esteja nas intenções dos sociais-democratas eliminar a taxa intermédia de IVA (de 13%), uma acusação feita esta tarde por José Sócrates. Já no final, Passos Coelho voltaria ao mesmo tema, defendendo que o PS «está a usar uma estratégia de medo» para assustar os eleitores.

Para Jerónimo de Sousa, o PSD revela-se «mais troikista que a troika», levando mais além as medidas impostas a Portugal pelas instituições internacionais. Comentando a proposta laranja de redução da taxa social única (TSU), o secretário-geral do PCP sustentou que esta medida irá descapitalizar a segurança social. A tese foi refutada por Passos Coelho, que apontou para a reestruturação do IVA como uma fonte alternativa de receita, mas sem convencer o oponente: «O IVA não é elástico. Se há mais receita é porque há mais imposto».

O também deputado defendeu um corte nos custos das empresas, mas através da redução da factura da energia, comunicações ou transportes. Até teve a concordância de Passos Coelho. Mas o líder social-democrata viria depois a usar a electricidade como «um exemplo» dos ganhos que se podem obter com alterações às taxas do IVA: a subida da energia da taxa mínima (6%) para a taxa máxima (23%) representaria «uma receita adicional de 500 milhões de euros».

As críticas a José Sócrates acabaram por levar Passos Coelho e Jerónimo de Sousa a concordar várias vezes ( «Só se perdem as que caem no chão», diria o segundo, sobre as críticas ao Governo), mas com o líder comunista a colar os sociais-democratas às políticas socialistas. E se Jerónimo de Sousa defendeu a reestruturação da dívida como uma solução alternativa ao pacote de medidas da troika, Passos Coelho usou a mesma ideia, mas como um argumento contra o PS, afirmando que se os socialistas ganharem as eleições - depois de terem «falhado todos os compromissos e objectivos» - Portugal acabará a fazer uma reestruturação da dívida externa, que afastará o País dos mercados por 10, 15 anos.

Já no final do debate na TVI, questionado por Judite de Sousa, o líder do PSD disse não ter explicação para os resultados das sondagens, que dão um empate técnico a socialistas e sociais-democratas. «Não lhe sei dizer», foi a resposta de Passos Coelho - «Não sou um analista de sondagens e não vou perder tempo com elas».

Nota - A prestação dos oponentes neste debate - tal como acontecerá nos próximos - foi classificada de 0 a 20 valores por um júri do SOL. Este é constituído pelo director José António Saraiva, pelo director-adjunto, José António Lima, pelo sub-director Mário Ramires e pelo coordenador executivo de Política, Manuel Agostinho Magalhães.

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