• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Inquérito do caso dos doentes que cegaram parcialmente pode estar concluído a 'curto

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,984
Gostos Recebidos
345


O inquérito ao caso das quatro pessoas que há quase um ano ficaram parcialmente cegas após uma operação numa clínica em Lagoa, no Algarve, poderá estar concluído «a curto prazo», avança fonte da Procuradoria-Geral da República.

Segundo a mesma fonte, está neste momento em curso uma carta rogatória que, depois de recebida, pode levar à conclusão do inquérito - agora sob a alçada do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Évora -, a curto prazo.

Já passou quase um ano desde que o Ministério Público abriu um inquérito ao caso dos doentes da clínica I-QMed, operados aos olhos a 20 de Julho do ano passado, mas até agora o clínico que os operou ainda não foi constituído arguido.

O último desenvolvimento do processo remonta a Setembro, altura em que a Ordem dos Médicos decidiu suspender preventivamente o oftalmologista Franciscus Versteeg por haver «provas de prática médica grosseira».

Para o advogado dos quatro doentes, António Vilar, a dedução de acusação contra o médico pode estar atrasada devido à dificuldade em notificá-lo já que o clínico terá alegadamente regressado à Holanda.

Dos quatro doentes, três idosos submetidos a cirurgia para as cataratas ficaram irremediavelmente cegos de um olho.

A mulher de 35 anos que fez uma operação para colocar lentes intraoculares nos dois olhos ficou apenas a ver sombras.

Maria do Rosário Barradas, filha de um daqueles idosos, conta que desde o ano passado que não é informada de nenhum desenvolvimento no processo.

O pai, Ernesto Barradas, de 84 anos, perdeu o globo ocular direito após o tratamento na clínica de Lagoa e mal vê do olho esquerdo.

António Vilar anunciou no início do ano que iria avançar com uma acção contra o Estado português por ter permitido que a clínica funcionasse sete anos sem licença.

A esta soma-se uma acção penal por ofensa à integridade física grave contra o médico e um pedido de indemnização por danos decorrentes de ato ilícito.

Na página da I-QMed na Internet, encerrada desde o sucedido, lê-se que a actividade da clínica foi suspensa «contra a vontade» do médico.

«Acatamos as medidas emanadas pelas entidades competentes e aguardamos pela conclusão dos inquéritos», refere Franciscus Versteeg, numa publicação de Outubro.

O clínico terá regressado à Holanda onde está também a ser investigado por queixas apresentadas por doentes tratados nos últimos dois anos.

Lusa/SOL
 
Topo