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Um antigo oficial dos serviços secretos de espionagem paquistaneses (ISI) revelou que a sua incapacidade em capturar Osama Bin Laden «foi a maior falha da sua história», ao reconhecer o fiasco das operações com esse objectivo desde os atentados do 11 de Setembro de 2001.
Os serviços secretos do Paquistão têm estado no centro da polémica desde a morte de Osama Bin Laden, capturado em Abbottabad, cidade paquistanesa, na sequência de uma operação especial conduzida pelos Estados Unidos da América.
De acordo com o diário El País, vários antigos oficiais do ISI reconheceram o fracasso da organização por não ter conseguido, ao longos dos últimos dez anos, capturar o líder da al-Qaeda.
Asad Munir, antigo chefe da secção da ISI em Peshawar – cidade paquistanesa na fronteira com o Afeganistão –, classifica de «pura incompetência» o facto de não ter conseguido detectar «o terrorista mais procurado do mundo».
Embora admita os erros, Munir, o chefe do ISI entre 2001 e 2003 reconhece porém que «as falhas fazem parte da profissão», refutando ainda qualquer ligação à al-Qaeda, possibilidade que tem motivado polémicas na comunidade internacional.
«Não temos nenhuma afiliação com a al-Qaeda», garante, destacando em sua defesa: «Ninguém pode questionar o papel da ISI na perseguição e captura da al-Qaeda quando já tivemos 50 dos seus máximos dirigentes detidos».
O mesmo ex-dirigente descarta a possibilidade de Bin Laden ter sido ajudado por membros da ISI da manter-se escondido, alegando para tal «ser impossível fazer alguma coisa sem que outro companheiro [dentro da ISI] informe alguém».
E questionou ainda: «Se éramos nós que o tínhamos [Bin Laden], então porque razão não havia um sistema de defesa, um túnel para escapar ou baterias anti-aéreas? Não faz sentido».
SOL