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O número de vítimas mortais do sismo em Murcia subiu para nove, depois de uma mulher de 41 anos que estava em estado grave não ter resistido aos ferimentos, avança o El Mundo.
Existem ainda três feridos em estado grave, entre os quais um menino de três anos.
Esta noite, com medo de réplicas, entre 20 mil e 30 mil pessoas passaram a noite ao relento, nas ruas de Lorca. Cerca de 10 mil ficaram em tendas de campanha.
Na manhã de quinta feira, o registo é de nove vítimas mortais - um número que o Governo Autónomo de Murcia baixou, depois de ontem ter avançado com a informação de 10 vítimas mortais. O jornal El Pais fala de 120 feridos, três deles em estado muito grave; o El Mundo sobe o número para 167, também com três graves.
Este último jornal confirma ainda a informação de que todos as vítimas mortais são espanholas, sendo que quatro são homens, três mulheres - duas estariam grávidas - e um rapaz de 14 anos.
O Governo central decretou o envio de 272 militares para Lorca, da Unidade Militar de Emergências (UME), de um regimento de Madrid e de outro de Sevilha, para ajudar as operações de resgate.
O tremor mais forte, de 5.2 graus Richter foi sentido em várias localidades de Múrcia, como Cartagena, Aguilas, Múrcia, Mazarrón e em Albacete, mas também em Madrid, sobretudo em edifícios mais altos.
Na localidade de Lorca, as zonas mais afectadas são as da rua Galicia e do bairro da Viña. Muitos prédios e casas sofreram danos por todo o município.
Segundo o El Pais, o bairro da Viña é um bairro de construção recente, com prédios que têm em média quatro andares. Aqui caíram muitas varandas e foi a queda de uma destas que provocou a morte do rapaz de 14 anos, que passeava o cão à frente do bar dos pais.
O mesmo jornal afirma que a maioria das mortes foi causada pela queda de varandas, cornijas e outros elementos decorativos, não pelo desabamento de edifícios.
O El mundo relata que as autoridades locais falam de «caos e desastre generalizado».
As mesmas autoridades que, citadas na noite de quarta-feira pelo El País, faziam o relato de uma população «em pânico», concentrada em espaços abertos pelo receio do colapso de edifícios. As imagens da televisão espanhola mostravam os habitantes de Lorca a tentar telefonar para familiares e amigos. Devido ao elevado fluxo de chamadas, as redes telefónicas fixa e móvel da região têm sofrido cortes.
O epicentro do abalo mais forte desta quarta-feira localizou-se quatro quilómetros a Este de Lorca, na serra de Tercia. A costa Sul de Espanha situa-se próxima da zona de confluência das placas euroasiática e africana, tal como o Sul de Portugal. Múrcia, em especial, situa-se na região espanhola com maior índice de sismicidade, com a existência de várias falhas que atravessam a província.
Segundo os sismólogos espanhóis, o sismo de 5.2 graus produziu elevados danos, pese embora a sua magnitude relativamente baixa, dado que o hipocentro (o equivalente ao epicentro, em profundidade) localizou-se a 10 quilómetros de profundidade, muito próximo do solo.
SOL