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Fugiu do país há oito anos, depois de ter dito uma frase fatal: ‘Se Cruz é pedófilo, eu também sou’. Soube-se então que era acusado de violação de menores e suspeito de abusos na Casa Pia. O ex-colaborador de Carlos Cruz vive perto de Bilbau, com um subsídio do Estado espanhol. Nega todas as acusações.
Nunca pensou ser descoberto. Durante duas décadas, antes de fugir de Portugal, sempre conseguiu ludibriar a Justiça. No seu cadastro constam crimes desde 1954: vadiagem, burla e ainda roubo numa ourivesaria. Mas a acusação mais grave surgiu em 1974, quando entrou no universo infantil para sujar os sonhos rosa próprios dessa fase da vida: foi acusado de crime continuado de violação de uma menina de sete anos e de atentado ao pudor de outra, com apenas cinco. Mudou de terra, pulou de morada em morada para que não conseguissem notificá-lo. O processo, em Odemira, acabaria por ser arquivado no final dos anos 90, sem que ele fosse julgado.
Em 2003, no seguimento do escândalo Casa Pia, que fez estremecer o país, dois menores da instituição e o seu motorista, Carlos Silvino, voltaram a apontar-lhe o dedo. Aparecia ligado a Carlos Cruz e era um dos homens que em certas casas, como a de Elvas, abusava dos menores.
Em Fevereiro desse ano, quando o apresentador de televisão foi preso, Mota, que era a sua principal testemunha, disse à comunicação social: «Se ele é pedófilo, eu também sou». Dias depois, a SIC desenterrava o velho processo das duas menores e Cruz, já preso e quando toda a gente pensava que Mota estava fugido, prescindiu dos seus serviços, mas fazendo um acordo amigável que nunca foi declarado às Finanças.
SOL