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A central nuclear de Hamaoka, a 200 quilómetros a sul de Tóquio, parou hoje totalmente as operações dos seus dois reactores a pedido do Governo de Tóquio dado estar situada numa zona de alto risco sísmico.
A Chubu Electric, operadora da central, interrompeu as operações do reactor número cinco às primeiras horas da manhã ao inserir as denominadas barras de controlo no núcleo, que suspendem o processo de geração de energia.
Já na sexta-feira, a companhia tinha interrompido as operações do reactor número quatro, o primeiro dos reactores da central que ainda estava activo.
A central está situada na prefeitura de Shizuoka, localizada num ponto de confluência de placas tectónicas que potencia um risco de terramoto até aos 8 graus na escala de Richter nos próximos 30 anos.
Chubu Electric acabou por ver-se obrigada a aceitar as exigências do Governo nipónico que, numa decisão sem precedentes, pediu o encerramento da central para evitar riscos maiores depois da crise da central de Fukushima que foi seriamente afectada pelo sismo e tsunami que assolaram o nordeste do Japão a 11 de Março.
A central de Hamaoka, que não foi afectada pelos desastres naturais, tinha três reactores nucleares, mas apenas dois estavam em funcionamento dado que a unidade três estava em manutenção desde Novembro.
O chefe do Governo nipónico disse sexta-feira que a suspensão temporária do funcionamento de Hamaoka era necessária devido ao risco sísmico da zona onde está localizada, ao mesmo tempo que o Japão vai iniciar a revisão dos seus padrões de segurança em centrais nucleares devido aos acontecimentos de Fukushuima, o mais grave acidente nuclear no mundo desde Chernobil em 1986.
Lusa/SOL