- Entrou
- Out 11, 2006
- Mensagens
- 38,985
- Gostos Recebidos
- 346
Obras no Centro Social e Paroquial de Argoncilhe, no concelho da Feira, provocaram, segunda-feira, uma fuga de gás que obrigou à evacuação do edifício, que integra também um jardim-de-infância e o centro de saúde da freguesia.
O alerta foi dado aos Bombeiros Voluntários de Lourosa às 11.10 horas e a situação ficou resolvida por volta das 12.30 horas. Os utilizadores dos edifícios regressaram aos locais a partir das 14 horas.
Rogério Henriques, um dos dirigentes do Centro Social e admitiu à Lusa: "Claro que apanhámos um susto, mas a situação resolveu-se rápido e acho que, se tivéssemos preparado um simulacro de um coisa destas, se calhar não teria corrido tudo tão bem".
A fuga foi provocada por uma retroescavadora contratada pelo Centro Social para ligar a rede de saneamento à conduta principal do edifício. O operador da máquina desconhecia que no local existia uma conduta de gás e acabou por provocar um rombo na respectiva canalização.
Fonte da Lusitânia Gás rejeita qualquer culpa "num problema que foi inadvertidamente provocado por obras da responsabilidade de terceiros" e garante que a empresa do grupo Galp "actuou de imediato, cortando o abastecimento de gás e reparando a conduta".
Rogério Henriques referiu que os técnicos da companhia de gás "foram para Canedo antes de perceberem que o problema era em Argoncilhe", mas, ainda assim, considera que "a empresa esteve bem e tratou logo do problema".
A parte mais complicada foi, segundo o dirigente do Centro Social, "arranjar refeições para as 180 crianças a que a instituição fornece o almoço - 80 no próprio centro e 100 em outras escolas da freguesia".
A solução passou por "deitar para o lixo toda a comida que já estava pronta, não fosse ela estar contaminada" e depois improvisar sandes e fruta para todas as crianças.
"Fizemos o que podíamos e, felizmente, acho que os miúdos nem se aperceberam da gravidade do que aconteceu", explicou Rogério Henriques.
A fuga de gás foi controlada por oito bombeiros da corporação de Lourosa, que, com recurso a três viaturas, coordenaram a evacuação da zona circundante e procederam depois à protecção do local onde a conduta rebentou. Para o efeito, ergueram uma cortina de água destinada a evitar "eventuais explosões motivadas por alguma fonte de ignição circunstancial".
Fonte da corporação assegura que "a situação estava totalmente controlada à hora do almoço" e que "as pessoas podem regressar ao local com toda a segurança".
Jornal de Notícias