• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Portas ataca Louçã por se ter recusado a falar com a Troika

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,984
Gostos Recebidos
345


O desemprego, as pensões, o acordo com a Troika e o rendimento social de inserção foram os temas que marcaram o debate de esta noite entre o líder do CDS, Paulo Portas, e o coordenador do BE, Francisco Louçã, na SIC.

Portas não poupou Louçã por o coordenador do BE se ter recusado a sentar à mesa com o FMI, o BCE e a UE em nome do interesse nacional, numa situção muito difícil para o país. «Foi com toda a certeza mais cómodo para si ficar quieto na sede do seu partido», acusou Portas acrescentando que «toda a gente percebeu por que é que o BE não foi falar com estas instituições, foi para não perder votos para o PCP, que já tinha dito antes que não conversaria com elas», atacou.

Louçã, por seu lado, criticou o CDS por ter assinado o acordo com a Troika que lhe permitiu, disse, «realizar o sonho da direita, ou seja, facilitar os despedimentos, congelar pensões e alterar todas as regras sociais». Mas Portas repetiu até à exaustão que, precisamente na conversa que manteve com o «triunviriato», pôs como condição que o congelamento das pensões mínimas, sociais e rurais ficasse excluído do memorando.

A renovação dos contratos a termo, defendida pelo CDS, foi motivo de discordância entre Portas e Louçã, com o coordenador do BE a acusar o líder centrista de estar a contribuir para «promover o prolongamento da precariedade e o desemprego». Na resposta, Portas quis clarificar que prefere um contrato definitivo a um contrato a termo e um contrato a termo a recibos verdes. «Mas prefiro tudo isto ao desemprego», sublinhou.

O Rendimento Social de Inserção foi outro dos temas em debate, com Francisco Louçã a atacar Paulo Portas por propor no manifesto eleitoral do CDS que parte do valor seja pago em vales alimentares. «É uma falta de respeito pelos mais pobres e pela sua dignidade», criticou o coordenador do BE, reforçando que esta medida significa «uma pessoa entrar numa mercearia, dizer eu sou o mais pobre aqui do bairro e tenho aqui este vale para levar um quilo de arroz». Louçã não deixou também de ironizar pelo facto de o CDS «andar a combater há oito anos uma lei que é sua», numa alusão ao facto de ter sido um ministro do CDS a reformular a lei do rendimento mínimo.

No contra-ataque, assertivo, Portas ripostou: «Não aceito que em Portugal trabalhar e pagar os seus impostos seja menos vantajoso do que não querer trabalhar e não pagar contribuições». E sugeriu as IPSS's como forma de garantir a fiscalização para distinguir os casos «justos e necessários» dos casos de «abuso».

SOL
 
Topo