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Um terço das portuguesas tem incontinência urinária

florindo

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Cerca de 30 por cento das mulheres portuguesas sofrem de incontinência urinária e 50 por cento das que tiveram parto vaginal tem algum grau de prolapso genital (descida das paredes vaginais e do útero).

Em declarações hoje à Lusa, a uroginecologista Teresa Mascarenhas acrescentou que “quase 12 por cento das mulheres são submetidas, em qualquer fase da sua vida, a uma cirurgia uroginecológica”.

Teresa Mascarenhas falava a propósito do 36.º Encontro anual da Associação Internacional de Uroginecologia (IUGA) que vai realizar-se pela primeira vez em Portugal, entre 28 de Junho e 2 de Julho, em Lisboa.

A disfunção do pavimento pélvico, a incontinência urinária feminina e o prolapso genital são alguns dos temas em análise nesta reunião que já conta com mais de dois mil médicos inscritos, de 72 países.

“São situações de grande prevalência e impacto psicossociais e de grande aporte económico”, sublinhou a responsável pela organização da iniciativa, que é chefe de serviço do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia, directora da Unidade de Uroginecologia do Hospital de S. João e professora da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

De acordo com a especialista, a gravidez e o parto continuam a ser as principais factores de risco das disfunções do pavimento pélvico.

“A maior parte das mulheres recupera destes problemas, mas num trabalho realizado demonstrei que partíamos de mulheres que eram zero por cento incontinentes antes da primeira gravidez para mais de 50 por cento após o parto. A maior parte recuperou, mas 20 por cento ficaram com incontinência urinária”, acrescentou.

Contudo, a especialista ressalvou que estas situações são cada vez mais prevenidas e tratadas precocemente ou com recurso a uma cirurgia simples.

“Não ameaça a vida, mas é um problema grave porque afecta muitas mulheres e a sua qualidade de vida”, frisou.

A perda de urina involuntária é comum nas mulheres e em menor grau nos homens. Os sintomas surgem gradualmente agravando-se com o decorrer dos anos se nada for feito.

Muitas mulheres por vergonha ou embaraço ou mesmo ignorância não recorrem a cuidados médicos. Num estudo realizado no Hospital de S. João, no Porto, constatou-se que somente 14 por cento das mulheres com problemas de incontinência urinária procuraram ajuda médica.

Em simultâneo à reunião anual da IUGA, decorrerão os encontros, europeu e ibero-americano de uroginecologia.

Lusa / SOL
 
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