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Cerca de 100 buscas e seis detenções, três homens e três mulheres, foi o resultado da operação desencadeada na terça-feira pela Polícia Judiciária para desmantelar uma rede que se dedicava à emissão de cartas de condução falsas.
Os detidos, indiciados pelos crimes de falsificação de documento e corrupção, vão começar a ser ouvidos hoje à tarde no Tribunal de Instrução Criminal, em Lisboa.
A PJ anunciou hoje que participaram na operação cerca de 130 funcionários, incluindo elementos do Ministério Público e juiz de instrução criminal.
As buscas incidiram em entidades públicas, residências, estabelecimentos de saúde e comerciais e em oficinas de reparação automóvel, indicou a PJ em comunicado.
A investigação, iniciada em 2009, permitiu “a identificação de dezenas de intermediários que solicitavam os favores de um funcionário público, o qual, por sua vez, se socorria de outros funcionários para a satisfação final de um elevado número de beneficiários”, lê-se no documento.
Foram detidos três homens e três mulheres, com idades entre os 37 e os 59 anos, cinco deles funcionários públicos, suspeitos “de proporcionarem a obtenção a terceiros de cartas de condução e outra documentação conexa, sem que fossem cumpridas as disposições legais para o efeito”.
Além do crime agora identificado, a PJ refere que um elevado número de pessoas circula nas cidades e estradas do país sem possuir habilitação legal para conduzir e sem conhecimentos para o efeito.
A PJ atuou através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, com a participação das directorias de Lisboa e Vale do Tejo, do Centro e do Sul, e da Unidade de Investigação Criminal de Leiria.
O inquérito é titulado pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa.
O Instituto de Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT) confirmou na terça-feira ter sido alvo de buscas e congratulou-se com a investigação criminal.
Anunciou também a intenção de abrir uma auditoria interna, depois de serem conhecidas as buscas da PJ, de Norte a Sul do país.
O IMTT é um organismo tutelado pelo Ministério das Obras Públicas.
Lusa/SOL