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O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, afirmou hoje nos Açores que o seu partido não tem uma «fúria privatizadora», admitindo que há serviços públicos que são indispensáveis, como a electricidade, a água ou a televisão.
«Somos moderados e equilibrados, não temos uma fúria privatizadora», afirmou Paulo Portas em declarações aos jornalistas durante uma visita à Feira Agrícola de Santana, na Ribeira Grande, em S. Miguel.
Para o líder popular, existem áreas «muito relevantes», como a electricidade ou a água, que não devem ser privatizadas, afastando também uma eventual privatização da RTP, apesar de considerar que a empresa «pode ser melhor gerida».
Numa feira agrícola e nos Açores, Paulo Portas defendeu que «a grandeza e o futuro de Portugal são a agricultura e o mar» e frisou ter um plano que pode tornar o país auto-suficiente em sete anos.
«Em sete anos, se soubermos aproveitar os fundos comunitários, Portugal pode deixar de ser especialista em perder dinheiro e os agricultores acreditarem que podem investir, conseguimos a auto-suficiência global, com as exportações a passarem a importações», afirmou.
Paulo Portas frisou que o país «está endividado até à raiz dos cabelos», pelo que é necessário «aumentar a exportação e produzir mais».
«Temos que saber cuidar dos produtos básicos, como a carne e o leite, que podemos produzir em Portugal para depender menos do estrangeiro», defendeu.
O presidente do CDS-PP salientou que o ministro da Agricultura «tem que defender os agricultores», considerando que «a decisão de deixar cair as quotas leiteiras foi um erro».
“Precisamos de um ministro que defenda a produção de leite em Portugal e não na Alemanha”, afirmou.
Lusa/ SOL