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Joaquim (nome fictício) só teve tempo de correr e arrancar o neto dos braços de um estranho, que fugia com ele ao colo. O rapaz de sete anos chorava e esperneava, surpreendido por se ver agarrado enquanto esperava que o avô estacionasse o carro no largo da igreja do Campo Grande, em Lisboa.
Pouco passava das seis da tarde de segunda-feira, dia 16. Como habitualmente, Joaquim preparava-se para levar os dois netos a mais uma aula de catequese e nada fazia prever o perigo.
O avô ainda conseguiu travar o suspeito, que agiu de cara descoberta, mas o adolescente fugiu sem que fosse possível identificá-lo. As autoridades vão agora investigar o caso, depois de a família ter apresentado queixa.
«Fico assustada só de pensar que há estranhos que podem levar os nossos filhos a qualquer hora», comenta a mãe de uma das crianças que frequenta a paróquia e recebeu esta semana um e-mail da catequista, alertando para a necessidade de vigilância reforçada depois deste episódio.
«Pedimos muito aos pais: vão buscar os filhos à sala. Não facilitem. É uma questão de metros», diz a coordenadora da catequese na mensagem que foi enviada aos encarregados de educação, aconselhando a alguns cuidados mesmo «no domingo, na missa» ou no átrio da igreja.
«Estamos a redobrar a vigilância», admite Feytor Pinto, pároco da Igreja do Campo Grande, que apesar de estar convencido de que «esta foi uma situação pontual», não quer correr riscos.
SOL