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RoterTeufel
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“Democracia bloqueada por aparelhos partidários”
Jaime Ramos, Médico e ex-deputado, fala sobre o livro ‘Não basta mudar as moscas... Propostas para restaurar a República’
Correio da Manhã – O que o levou a escrever este livro?
Jaime Ramos – A ideia surgiu durante as comemorações dos 100 anos da República: o País estava a afundar e nós a falar da República como grande sucesso. Os políticos estavam delirantes e perante uma clara situação de pré-falência do Estado, o Governo continuava a falar de grandes obras, perante um certo absentismo das elites do país. Outra das razões está relacionada com o facto de a democracia estar bloqueada por aparelhos partidários com baixo nível político.
– Que diagnóstico faz do País?
– Nos últimos 20 anos criámos uma situação muito grave no que é a qualidade de vida das pessoas e a falência económica do Estado. Se não mudarmos, dentro de 25 anos seremos um dos países mais pobres, se não o mais pobre. Por isso é que o título do livro é não basta mudar as moscas... Temos de mudar no plano das ideias. Proponho uma mudança clara de rumo.
– Qual é o caminho?
– Assenta em três ideias fundamentais. Primeiro: mais democracia e mais liberdade. O livro contém um conjunto de propostas. Nenhum país se pode desenvolver sem mais igualdade e justiça social. A diferença entre os 10% que ganham mais e os 10% que ganham menos nunca foi tão grande como agora. E tem de haver mais e melhor Justiça. Defino três grandes objectivos: apostar na natalidade e ter melhor educação, com um paradigma diferente, virado para a busca do talento e da inteligência. Não podemos, por outro lado, desprezar o território, que estamos a abandonar, e olhar só para uma faixa do litoral. Por último há que cuidar da balança externa: exportar mais e importar menos.
– Acredita que vão continuar a mudar só as moscas?
– Por uma questão de higiene política é fundamental mudar as moscas. Mas só depois poderemos ver se, de facto, nos ficamos só por mudar as moscas.
C. da Manha
“Democracia bloqueada por aparelhos partidários”
Jaime Ramos, Médico e ex-deputado, fala sobre o livro ‘Não basta mudar as moscas... Propostas para restaurar a República’
Correio da Manhã – O que o levou a escrever este livro?
Jaime Ramos – A ideia surgiu durante as comemorações dos 100 anos da República: o País estava a afundar e nós a falar da República como grande sucesso. Os políticos estavam delirantes e perante uma clara situação de pré-falência do Estado, o Governo continuava a falar de grandes obras, perante um certo absentismo das elites do país. Outra das razões está relacionada com o facto de a democracia estar bloqueada por aparelhos partidários com baixo nível político.
– Que diagnóstico faz do País?
– Nos últimos 20 anos criámos uma situação muito grave no que é a qualidade de vida das pessoas e a falência económica do Estado. Se não mudarmos, dentro de 25 anos seremos um dos países mais pobres, se não o mais pobre. Por isso é que o título do livro é não basta mudar as moscas... Temos de mudar no plano das ideias. Proponho uma mudança clara de rumo.
– Qual é o caminho?
– Assenta em três ideias fundamentais. Primeiro: mais democracia e mais liberdade. O livro contém um conjunto de propostas. Nenhum país se pode desenvolver sem mais igualdade e justiça social. A diferença entre os 10% que ganham mais e os 10% que ganham menos nunca foi tão grande como agora. E tem de haver mais e melhor Justiça. Defino três grandes objectivos: apostar na natalidade e ter melhor educação, com um paradigma diferente, virado para a busca do talento e da inteligência. Não podemos, por outro lado, desprezar o território, que estamos a abandonar, e olhar só para uma faixa do litoral. Por último há que cuidar da balança externa: exportar mais e importar menos.
– Acredita que vão continuar a mudar só as moscas?
– Por uma questão de higiene política é fundamental mudar as moscas. Mas só depois poderemos ver se, de facto, nos ficamos só por mudar as moscas.
C. da Manha