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Centenas de soldados leais ao presidente do Iémen arrasaram o acampamento activista da cidade de Taiz. Disparando contra a multidão indiscriminadamente, provocaram a morte a pelo menos 20 pessoas.
A cidade, localizada no sudoese do país, tem sido um dos locais 'quentes' dos protestos que se prolongam desde Fevereiro, altura em que os iemenitas sairam para a rua para exigir a demissão do Presidente Ali Abdullah Saleh.
De acordo com o britânico The Guardian, o ataque à praça onde os iemenitas estavam acampados é sinal de, apesar da pressão internacional e das dissidências entre os seus aliados mais próximos, Saleh tem intenção de preservar o poder.
As forças de segurança começaram limpar a praça de Taiz com recurso a canhões de água e a bombas de gás, o que fez com que centenas de pessoas procurassem abrigar-se nas imediações.
Depois disso, e antes do amanhecer as forças da Guarda Republicana, que são comandadas por um dos filhos de Saleh, entraram no local conduzindo tanques e buldozers.
Soldados da Guarda e homens em roupas de civis começaram a atacar os manifestantes.
Enquanto uns incendiaram dezenas de tendas, outros, ao volante de buldozers, passaram por cima de centenas tendas, sem verificarem se alguém se encontrava no seu interior.
Uma testemunha presente no local disse à Associated Press que se tratou «de um verdadeiro massacre».
A cidade improvisada que tinha sido montada naquela praça iemenita foi arrasada e os tanques ocupam toda a praça, tornando impossivel aos activistas voltar ao local.
SOL