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Lisboa: Cerca de 60 pessoas deitaram-se hoje no Rossio para se manifestar

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Cerca de 60 pessoas deitaram-se hoje no Rossio para se manifestar contra a troika



Cerca de 60 pessoas deitaram-se hoje no Rossio, em Lisboa, como forma de protesto contra a ‘troika’ e em defesa de uma vida sustentável, segundo os diversos cartazes que colocaram no torso.

O protesto durou uma hora – das 18h às 19h – e insere-se no conjunto de iniciativas do movimento Democracia Verdadeira Já que dia 19 se volta a manifestar, desta feita frente ao Cinema S. Jorge, na avenida Liberdade, em Lisboa. Até lá irão reunir grupos de trabalho, um debate sobre a violência e uma assembleia popular no Rossio no dia 18 às 17h, como disse à Lusa uma dos elementos da organização que se identificou apenas como Nuno.

«Contra a Troika», «Por uma vida sustentável», «Deitada pela mudança de nós», «Menos Ter, Mais Ser», «Quem não Deita Consente», eram algumas das frases escritas em folhas de papel presas aos corpos dos que se deitaram na praça.

«É mais uma manifestação em que não precisamos de fazer barulho ou usar megafones. O silêncio às vezes é ensurdecedor», disse à Lusa Raquel Bravo, 21 anos, que se encontrava deitada.

Na opinião de Raquel Bravo, «deviam ser mais» os deitados, mas reconheceu que «é um processo que vai demorar».

«Devemos continuar deitados para que se levantem depois», rematou.

Alguns turistas, curiosos, olhavam e fotografavam. Três jovens escandinavas, depois de informadas que se tratava de um protesto contra o FMI (Fundo Monetário Internacional) e medidas de contracção orçamental, quiseram também deitar-se.

Entre os que passavam, observavam e comentavam. Conceição Sol, 62 anos, disse à Lusa que não acredita que este protesto e todo o movimento leve a alguma mudança.

«O que está feito está feito. A nossa política está feita. Não vai mudar nada», disse Conceição Bravo.

«Acho que é muito triste, não é por estarem deitados que vão fazer alguma coisa. Não me deitava ali», rematou.

Opinião diferente tem Raquel Bravo que acredita que o movimento vai conseguir «mudar alguma coisa».

«Não nos podemos render a factos que nos dizem que são inevitáveis de ter resolução», disse.

«Vamos continuar a lutar e a resistir mesmo enfrentando violências policiais injustificadas», garantiu Raquel Bravo que apelou para que outras pessoas se juntem ao movimento.

«Apelo que não se queixem para dentro e sim para fora, só dando e perguntando é que podemos ter respostas. Não podemos ter respostas sem nos interrogarmos. Venham até aqui [ao Rossio] e antes de interrogar ou apontar o dedo que se informem e perguntem a si próprios o que podem mudar se realmente querem mudar», desafiou Raquel Bravo.

A manifestante disse ainda que até ao dia 19 o movimento irá apresentar «propostas concretas alternativas».

Lusa / SOL
 
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