Assédio e Perseguições!

Apesar de todos os benefícios que as redes sociais nos proporcionam, ninguém está livre de ser alvo de violação da privacidade ou mais grave aínda, vítima de crime de dano material ou pessoal, que podem marcar para sempre, a vida do lesado, o que nos faz reflectir muito seriamente, sobre a forma como estamos presentes nessas redes. O jornal "i" publica um artigo sobre uma história muito complicada de obsessão e perseguição, por parte de um professor universitário que se disfarçava de mulher na internet, para assediar outros homens, infernizando a vida do cidadão que lhe deu tampa. Uma história de perseguição, com ameaças, carros funerários e coroas fúnebres. O inferno de Vasco começou a 8 de Agosto de 2007, quando regressou de uma viagem, decidido a não atender mais chamadas de Ana Sofia Sá Magalhães, a loira de olhos azuis e sotaque de Cascais, que tinha conhecido na internet. O telemóvel tinha dezenas de chamadas não atendidas e 120 mensagens escritas por ler. Vasco atendeu um telefonema de Francisco, o irmão da Ana com sotaque alentejano e foi ameaçado por andar a ignorá-la e avisado, de que ela iria suicidar-se "por sua causa". Farto dessa relação à distância, Vasco soltou um: "olhe, que se mate" e desligou o telemóvel. A partir daí, a perseguição que baralhava floristas, bombeiros e agências funerárias começou. Só muito depois, Vasco viria a saber que Ana Sofia nunca tinha existido. Durante meses, o professor universitário Mário Mendes conseguiu enganar os próprios investigadores, que ouviam as conversas telefónicas interceptadas. A perfeição na imitação da voz feminina era tal, que até a equipa de investigação acreditou, no envolvimento de uma mulher no caso. O caso está a ser julgado.