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Câmara de Lisboa recebe 100 mil euros por "mega horta"

florindo

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Out 11, 2006
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A organização da "mega horta" da Avenida da Liberdade financiou o arranjo dos espaços verdes daquela artéria lisboeta e a recuperação de uma horta em Campolide, num valor total "superior a 100 mil euros", disse, esta sexta-feira, o vereador do Ambiente.

Numa visita à "mega horta" que está a ser montada na Avenida da Liberdade, o vereador do ambiente, José Sá Fernandes, disse, quando questionado pelos jornalistas pelas contrapartidas que a organização, liderada pela cadeia de supermercados Continente, do grupo Sonae, daria à câmara, que a marca "além de promover uma festa gratuita que custou [à marca] milhões de euros, arranjou todos os espaços verdes e financiou a reparação de um terreno hortícola em Campolide".

"Tudo junto vale mais de 100 mil euros", sublinhou Sá Fernandes. Para o vereador, a marca "proporcionar esta festa à cidade também é uma grande contrapartida", já que organizar este evento custa "custa milhões de euros" que "não são pagos" pela autarquia.

Por sua vez o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa (PS), salientou uma outra vantagem: "Graças a esta iniciativa estou a usar os media para transmitir duas mensagens fundamentais - apostar na produção nacional e na sustentabilidade da cidade".

António Costa e Sá Fernandes salientaram ainda como "contrapartida" a vertente solidária do evento, já que cerca de cinco toneladas de produtos frescos de agricultores do território português vão ser doados a 13 instituições de solidariedade social de Lisboa.

O evento provocou condicionamentos de trânsito na artéria e nas suas proximidades, que levantaram críticas de associações de comerciantes e de automobilistas.

António Costa avançou que a escolha da Avenida da Liberdade foi tomada em conjunto com os parceiros da organização - nomeadamente o Continente - porque esta artéria é "o grande sítio".

"Se nos queríamos fazer uma acção que chame a atenção, que seja simbólica, que tenha dimensão, qual o melhor sitio que a Avenida da Liberdade?", interrogou o presidente da Câmara, acrescentando que Lisboa "é bastante mais do que o automóvel".

"As críticas não fazem nenhum sentido porque este gesto que tem a ver com a confiança nacional e sustentabilidade da cidade. Ser capital também é isso", rematou.

Quanto às críticas de o evento estar a associado ao Continente, uma marca privada, António Costa afirmou que "esta iniciativa não é só comercial, musical ou de divertimento" e Sá Fernandes admitiu que "sem o apoio da marca não havia dinheiro para realizar um evento desta dimensão".

No sábado são esperadas cerca de 80 mil pessoas no "megapiquenique" na "mega horta urbana" da Avenida da Liberdade, com divulgação da agricultura nacional e com um concerto ao fim do dia de Tony Carreira.

Jornal de Notícias
 
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