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O ex-secretário de Estado da Função Pública francês, George Tron, foi detido para interrogatório pela Polícia de Paris, tendo passado a noite na dependência de Versalhes sob a acusação de violação e agressão sexual a três funcionárias municipais.
As denúncias foram interpostas em Maio, poucas semanas depois da polícia nova-iorquina prender o então director-geral do FMI por agressão sexual. As três mulheres, que eram funcionárias de Tron, afirmam ganharam coragem para quebrar o silêncio depois da prisão de Dominique Straus-Kahn.
De acordo com o El País, George Tron é conhecido na Assembleia Nacional por apreciar massagens terapêuticas nos pés. Este elemento ganha importância nos depoimentos das três mulheres, pois todas garantem que os abusos sexuais começaram precisamente assim, com uma massagem nos pés.
Eva Loubrieu contou a uma revista francesa, citada pelo diário espanhol, que tudo começou com uma dessas massagens, que depois se transformaram em algo mais.
Denuncia que o deputado da União por um Movimento Popular, a chamava ao seu escritório, lhe dizia para se sentar e descalçar, começava a massajar-lhe os pés e, pouco depois, passava a acariciar-lhe a perna e o peito, enquanto Loubrieu «petrificada» se deixava estar. A mulher de 36 anos diz que foi manipulada, pois «a sua maneira de agir não me deixava dizer que 'não'».
A estas carícias pouco inocentes seguiram-se toques e penetrações digitais, que, não sendo consentidos, são considerados como violação pela lei francesa.
O circulo próximo de George Tron tem procurado ao máximo desacreditar os testemunhos destas mulheres e assegurar, como o próprio Tron defende, que tudo não passa de vinganças pessoais.
Pressionado por Sarkozy e perante uma França que assistia atónita à queda instantânea de DSK, Tron demitiu-se a 29 de Maio do seu cargo de Secretário de Estado.
SOL