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Testemunha diz que preferiu 'olhar os campos' a ouvir conversa de Valentim Loureiro

florindo

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Out 11, 2006
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A mulher que acompanhou uma reunião entre Valentim Loureiro e uma das herdeiras da Quinta do Ambrósio disse hoje ao tribunal de Gondomar que passou praticamente todo o tempo da audiência abstraída, «a ver os campos».

Maria Adelaide argumentou que estava à janela do gabinete, enquanto decorria a conversa entre Maria de Lurdes Cunha, filha da dona da quinta, e o presidente da Câmara de Gondomar.

Alegou que se tentou abstrair deliberadamente do que se passava ali ao lado porque – disse - «não sou cusca» (curiosa).

Expressões como «não sei» ou «não me recordo» foram as mais usadas pela testemunha face às insistências do procurador Carlos Teixeira para que entrasse no detalhe.

«Se combinaram alguma coisa ou não, não sei. Só sei que ela veio muito satisfeita», contou, explicando que ajudou Maria de Lurdes a conseguir a audiência com Valentim Loureiro depois de saber que a família amiga enfrentava uma dívida «maluca» ao Fisco por venda, sem declaração de mais-valias, da quinta do Eléctrico, em Paredes. «E com as Finanças não se brinca», sublinhou.

O processo da Quinta do Ambrósio, que tem audiências marcadas pelo menos até Julho, reporta-se, de acordo com o Ministério Público, a uma operação de compra e revenda da quinta do Ambrósio que, em pouco tempo, deixou de estar na Reserva Agrícola Nacional (RAN) para passar a ter capacidade construtiva, permitindo aos intervenientes um lucro de três milhões de euros.

Valentim Loureiro está pronunciado por um único crime de burla qualificada, em co-autoria, mas em julgamento estão também o vice-presidente da Câmara de Gondomar, José Luís Oliveira, e o advogado Laureano Gonçalves, ambos pela alegada prática, em concurso efectivo, de um crime de burla qualificada e de outro de branqueamento de capitais.

Estão pronunciados igualmente Jorge Loureiro, filho do autarca de Gondomar, e o advogado António Ramos Neves (os dois por alegada co-autoria em branqueamento de capitais).

O julgamento começou em 24 de Maio com a identificação dos arguidos e outras questões preambulares e logo na sessão seguinte, em 6 de Junho, Valentim Loureiro declarou-se «magoadíssimo» com a acusação de que é alvo.

«Nada ganhei com este processo, nem ajudei a ganhar», frisou então.

Lusa/SOL
 
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