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Presidente de Grândola nomeia filho para adjunto pessoal

florindo

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O presidente da Câmara Municipal de Grândola, Carlos Beato, nomeou o seu filho para o cargo de adjunto do seu gabinete de apoio pessoal, decisão que qualifica como «consciente e responsável» mas que a oposição considera «completamente indefensável».

No despacho assinado pelo autarca, é referido que, durante «quase dois anos», o Gabinete de Apoio à Presidência funcionou apenas com um «coordenador a tempo parcial» e uma secretária.

Carlos Beato justificou a decisão de não nomear um chefe de gabinete e um adjunto, como é seu direito pela lei que define o regime jurídico do funcionamento e as competências dos órgãos dos municípios e das freguesias, com a necessidade de «encontrar alguém com o perfil profissional e pessoal que garantisse a qualidade, a eficácia e a confiança que o desempenho destes cargos exige».

Tendo em conta «a dinâmica de desenvolvimento» que o concelho tem sentido, «as novas exigências ao nível das responsabilidades e atribuições dos municípios» e «as medidas de gestão cada vez mais rigorosas que têm de ser tomadas no âmbito da crise que o país e a região atravessam», o autarca decidiu nomear «o licenciado e pós-graduado Pedro Miguel Correia de Morais Beato», seu filho, para seu adjunto, tendo iniciado funções esta segunda-feira.

Carlos Beato (PS) afirmou não ter pretendido «nomear um boy ou uma girl», mas apenas alguém para ajudá-lo e em quem «tivesse confiança pessoal e profissional».

Pedro Beato representa uma pessoa que conhece «há 29 anos», tendo uma «qualificação académica bastante pontuada» e que tem trabalhado em empresas do sector «privado ligadas à área do desenvolvimento e turismo».

O autarca admitiu ter pensado «muito» antes de tomar a decisão, mas qualificou-a como «forte, consciente e responsável», acrescentando que «é preciso ter coragem e ser limpo para fazer esta nomeação».

Rafael Rodrigues, vereador do Partido Comunista Português na Câmara de Grândola, disse que, do ponto de vista do funcionamento do município, esta nomeação «não é de todo justificável», dada a «altura de crise» que se vive e por a câmara registar, desde o ano passado, «quebras significativas» das suas receitas.

Defendeu ainda que, no plano dos princípios, a decisão é «completamente indefensável», pois «contraria o princípio legal de que os eleitos não podem discutir e votar assuntos em que estejam relacionados familiares directos».

Do ponto de vista ético, apresentou a nomeação de Pedro Beato como «inqualificável», demonstrando «a forma como alguns eleitos utilizam os cargos públicos para seu benefício pessoal e familiar».

SOL/Lusa
 
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