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O militante socialista Fernando Camaño Garcia, da secção do Luxemburgo, entregou uma candidatura a secretário-geral do partido, com a qual não pretende vencer, mas sim estimular o debate de ideias através da moção 'Por um Portugal vivo'.
O militante socialista Fernando Camaño Garcia, da secção do Luxemburgo, entregou uma candidatura a secretário-geral do partido, com a qual não pretende vencer, mas sim estimular o debate de ideias através da moção “Por um Portugal vivo”.
«A minha perspetiva no PS não é nem cargos nem qualquer tido de objetivos que não sejam levar ideias um pouco mais lúcidas, numa fase em que o país está numa situação de enorme crise e em que precisamos de participar na resolução de problemas dos quais somos co-responsáveis», disse o candidato.
O PS confirmou a recepção da candidatura dentro do prazo, admitindo, no entanto, que a mesma tem irregularidades que devem ser corrigidas até ao final do dia de hoje.
Segundo Fernando Camaño Garcia, que vive na Grécia onde trabalha no Banco Europeu de Investimento, a moção preconiza grandes reformas dos sistemas político e judiciário, bem como «uma reforma da participação do estado na economia tornando-se regulador e não fornecedor de serviços».
Fernando Camaño Silva assegura não ter «qualquer perspetiva de ser secretário-geral», mas tem a esperança de que alguns pontos da «moção sejam debatidos e tidos em conta».
O militante socialista já enviou a moção via email aos outros dois candidatos à liderança do partido, António José Seguro e Francisco Assis, mas ainda não obteve qualquer resposta.
Segundo Fernando Camaño Silva, a candidatura a secretário-geral surge como uma consequência da impossibilidade de apresentar apenas a moção ao congresso socialista, agendado para os dias 9,10 e 11 de setembro.
«Se fosse possível apresentar a moção sem a candidatura a secretário-geral, que é obrigatória, ou até como moção de caráter sectorial, que não é possível neste congresso extraordinário, era isso que teríamos feito», referiu.
Fernando Camaño Silva admite que as irregularidades com a candidatura se prendem com assinaturas, e garante que ficará bastante satisfeito se a mesma for admitida ao congresso.
«Se nos facilitarem essas assinaturas para a moção ser discutida, tudo bem. Nós não vamos andar a correr», disse, acrescentando: «Estou inclusivamente pronto a no momento certo deixar cair a candidatura a secretário-geral, porque não é isso que me move, sem indicar um apoio, porque há grandes diferenças relativamente às outras candidaturas».
Caso a moção não seja aceite, Fernando Camaño Silva, que se descreve a si e aos seus apoiantes como «amadores da política que querem ajudar Portugal», afirma que não marcará presença no congresso, «por não ter nada para discutir».
Fernando Camaño Garcia tem 50 anos, é militante do PS desde 1984, tendo desempenhado cargos de diretor-geral na área dos transportes e chefe de gabinete durante um dos governos de António Guterres, entre 1996 e 2001.
Lusa/SOL