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Bolsas europeias caem e já vão no maior período de perdas semanais desde 1998

florindo

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As praças da Europa terminaram hoje a oitava semana no vermelho. Situação de incerteza na Grécia continua a pressionar a negociação de acções.

As acções europeias fecharam hoje a cair, o que levou a que fechassem em terreno negativo pela oitava semana consecutiva. Desde 1998 que os títulos do Velho Continente não estavam tanto tempo a perder.

O Stoxx Europe 600 deslizou 1,19% para encerrar nos 263,98 pontos. Não pontuava tão pouco desde 16 de Março, altura em que se intensificam as preocupações com o nuclear depois do terramoto que tinha atingido, dias antes, o Japão.

Esta foi a oitava semana de quedas consecutivas. Entre Maio e Junho, o índice europeu não conseguiu subir nenhuma semana. E se nas quatro semanas de Maio o Stoxx Europe nunca perdeu mais de 1%, o mesmo não é verdade para as semanas do mês seguinte, em que apenas numa semana a desvalorização foi inferior a esse número.

A semana foi marcada pela moção de confiança apresentada no Parlamento pelo governo helénico. Nesse dia, a bolsa grega subiu 4% (antes de ser discutida a moção). Contudo, na verdade a aprovação da moção não teve qualquer efeito nos dias seguintes. Christian Gattiker, responsável pela área de research da Julius Baer, adiantou à Bloomberg, que o efeito foi até contrário, uma vez que as acções, no dia seguinte regressaram às perdas.

A descida na bolsa dos últimos cinco dias aconteceu, mesmo depois de George Papandreou ter conseguido a aprovação da moção de confiança que apresentou. A votação foi de 155 votos favoráveis em 300 deputados. A questão é que o Parlamento grego tem agora de aceitar as medidas de austeridade no valor de 78 mil milhões de euros, medidas que o país terá de aplicar para receber a ajuda externa.

Se não forem aprovadas estas propostas, os helénicos correm o risco de entrar em falência, porque se aproxima a maturidade de algumas obrigações, e sem o dinheiro europeu não terão como pagá-las. E isso está a levar ao pessimismo dos investidores.

Das 18 praças bolsistas da Europa Ocidental, nenhuma conseguiu subir na semana. O PSI-20 perdeu 3,61%, ao passo que o IBEX-35 caiu 3,18%. Por sua vez, o índice inglês FTSE deslizou 0,3% e o CAC francês caiu 1,02%. De acordo com dados da Bloomberg, o FTSE MIB italiano afundou 4,7% esta semana, o que não acontecia há mais de um ano.

A banca e as seguradoras estiveram entre os sectores que mais retraíram, numa altura em que estão a ser negociadas formas do envolvimento destas entidades privadas nos custos com a dívida, nomeadamente as que detêm títulos de dívida pública grega.

Além deste factor, com o impasse que se gerou em torno da Grécia os receios dos investidores em relação a um contágio a outros países aumentou. O que levou a uma subida generalizada dos juros da dívida dos países periféricos. E um dos sectores mais afectados por este comportamento é precisamente o da banca.

Jornal de Negócios
 
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