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Juiz ordena entrega de fotos da cena do homicídio de Carlos Castro

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O gabinete do procurador de Nova Iorque recebeu hoje ordem do tribunal para entregar à defesa de Renato Seabra um conjunto de fotos da cena do crime consideradas necessárias a uma avaliação psiquiátrica do jovem português.
 
A defesa de Renato Seabra, acusado de homicídio em segundo grau do colunista social Carlos Castro, deveria ter apresentado hoje ao juiz a avaliação psiquiátrica, mas escusou-se por não lhe terem sido facultados pelo gabinete do procurador todos os elementos necessários.
 
No final de uma acesa troca de argumentos no Supremo Tribunal de Nova Iorque entre o advogado de defesa, David Touger, e a procuradora Maxine Rosenthal, o juiz ordenou a entrega das fotos e marcou a próxima sessão para 26 de julho, na qual será entregue a avaliação psiquiátrica pedida pela defesa.
 
"Percebo as preocupações da família do falecido, mas mesmo assim penso que a defesa tem direito a estas fotos. [O advogado de defesa] não vai pô-las na internet, são privadas, vão ser vistas por ele no seu gabinete, com o perito", justificou Solomon.
 
"No meu entendimento, tem direito a cópias dessas fotos. Não é o primeiro caso de homicídio a que presido. Em todos os casos de que me consigo lembrar, o gabinete do procurador deu fotos da cena do crime à defesa. Em cada um deles!", disse o juiz, depois de ouvir os argumentos de Touger e Rosenthal.
 
Em causa estão 25 fotos tiradas logo após o crime, a 7 de Janeiro no Hotel Intercontinental em Nova Iorque, incluindo do corpo de Carlos Castro.
 
Juntam-se a outras já na posse da defesa e serão entregues na condição expressa de não poderem ser vistas pelo público.  
 
Como habitualmente, Renato Seabra esteve em tribunal, com as mãos algemadas atrás das costas e ladeado do tradutor oficial, escutando sério e atento a troca de argumentos de cerca de um quarto de hora. 
 
Na sala esteve também a sua mãe, Odília Pereirinha, que tem passado temporadas na cidade para acompanhar o filho, que visita regularmente na prisão de Rikers Island. 
 
O relatório do psiquiatra contratado por Touger vai sustentar o argumento de que Seabra é "não culpado por doença ou defeito mental", em que a defesa pretende basear o seu caso. 
 
Se for aceite, o jovem português "vai para uma instituição psiquiátrica segura", ao cuidado de especialistas", e, "se alguma vez, eles acharem que é segura a libertação, comparece perante um juiz", a quem compete a decisão, adiantou Touger após a sessão de hoje. 
 
Defesa e procuradoria trocaram também argumentos acesamente sobre declarações de Touger à comunicação social, de que Rosenthal se queixou na anterior sessão.  
 
O advogado de defesa contra-atacou hoje, condenando perante o juiz declarações feitas aos tablóides nova-iorquinos logo após o crime, com base em fontes policiais, em relação ao tipo, duração e motivação dos ataques de Seabra a Castro. 
 
"É totalmente desonesto desta procuradora estar aqui a fazer este tipo de argumentos" contra as declarações à imprensa pela defesa, queixou-se Touger, visivelmente exaltado. 
 
Rosenthal criticou em particular que Touger diga que o jovem português está a ser tratado por doença psiquiátrica, o que "ainda está por determinar".
 
Os "discursos" acabaram por motivar a intervenção do juiz, que rejeitou "discussões sobre o que foi dito ou não dito". 
 
?Não quero voltar a ter esta conversa. Toda a gente sabe o que a lei diz, quais são as suas responsabilidades e espero que cumpram estas regras", disse Solomon.



In:RR.pt
 
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